Bate-Bola | Rosália Silva | 14/03/2005 20h44

Marcílio de Souza fala sobre a Taça Canarinho

Compartilhe:

Bate-Bola com Marcílio de Souza,

O responsável pelos eventos esportivos do Grupo Correio do Estado, Marcílio de Souza, conta nesta entrevista um pouco da Taça Canarinho de Futebol de Salão. A competição foi proposta em 1982 por Marcílio e "Tachinha" (Vamir da Costa Flores) ao saudoso jornalista José Maria Hugo Rodrigues. A primeira disputa foi em 83, numa promoção da Rede Centro-Oeste de Rádio e Televisão e hoje está na 23ª edição. No ano de estréia, Colégio Dom Bosco (fraldinha) e Tachinha's (oficial) foram os primeiros a levantar a Taça Canarinho.

Este ano a competição deu o pontapé inicial no último domingo (13) e terá mais quatro meses pela frente. Até serem conhecidos os campeões da categoria oficial.


Esporte Ágil - A Taça Canarinho começou neste domingo com quantas equipes inscritas na fase metropolitana?
Marcílio de Souza - São 41 equipes, que estão divididas em cinco, a categoria feminina, doze na oficial, doze na infantil e doze na fraldinha. Por que fraldinha: porque quando criamos a Taça Canarinho, há 24 anos, porque em um ano ela não foi realizada, não existia até então as subdivisões das categorias de futsal. Então nós inventamos a fraldinha, com crianças de até 12 anos, que na verdade é o mirim.

Esporte Ágil - E é você quem vem coordenando a competição ao longo destes 24 anos?
Marcílio de Souza - Esta foi mais uma das nossas criações. Os Jogos Abertos de Campo Grande fomos nós que criamos, o Torneio Popular de Futebol Society, foi idéia nossa. Têm algumas coisas que nós ajudamos a criar.

Esporte Ágil - E para a fase estadual, existem inscrições, como é feito?
Marcílio de Souza - Da fase metropolitana vai para a fase estadual o primeiro e o segundo colocado, direto. Campeão e vice vão direto para a fase final, os oito classificados. Então, na fase eliminatória, uma chave vai ser formada pelo terceiro, quarto, quinto e sexto lugares daqui de Campo Grande. Uma outra chave será, hipoteticamente falando porque eles não confirmaram as inscrições: Jardim, Anastácio, Miranda e Corumbá. Uma outra chave: Rio Verde, Rio Negro, Coxim e São Gabriel do Oeste. Aqui teríamos doze equipes. De cada chave dessa sairiam duas equipes e juntamente com o campeão e vice, teríamos as oito das quartas-de-final.

Esporte Ágil - E a previsão é que de comecem quando as quartas-de-final?
Marcílio de Souza - No dia 19 de julho teremos a final, no dia 18 a semifinal e as quartas-de-final devem começar de 10 a 12 de julho.

Esporte Ágil - E como surgiu a idéia de realizar a Taça Canarinho?
Marcílio de Souza - Existia a Copa Morena, que é um campeonato como é até hoje, um dos mais fortes do Estado. E a TV Campo Grande estava acabando de ser implantada e junto com a TV Campo Grande foi inaugurada a FM Canarinho. Que foi uma homenagem ao Campeonato Mundial, a Copa do Mundo de 70.

Esporte Ágil - Este ano a Copa Morena não permitiu que os clubes usassem os seus nomes...
Marcílio de Souza - Veja bem, nós não podemos entrar no mérito da questão, porque veio ordem da Rede Globo. Se você ver os campeonatos brasileiros de vôlei e basquete, eles estão tirando os nomes das empresas e colocando só o nome das cidades que eles representam. Eles estão cumprindo ordens. Para a nossa ótica de visão, eu acho que o empresário só investe quando tem retorno. O nosso esporte está tão carente de patrocínio que se nós abraçássemos esta idéia daqui um dia não teríamos campeonato nenhum. Amanhã, se o SBT São Paulo baixar uma norma dessa, não sou eu quem vou realizar ao contrário.
 
Esporte Ágil - Este ano a Rádio Cultura AM está transmitindo os jogos da semana.
Marcílio de Souza - Na primeira, segunda e terceira Taça Canarinho, a Rádio Cultura transmitia todos os jogos. E depois de 20 anos, ela está voltando.

Esporte Ágil - E nestes 24 anos de Taça Canarinho, tem alguma curiosidade, algo que aconteceu e marcou a realização dos jogos?
Marcílio de Souza - Não, esta é uma taça que nós primamos muito pela disciplina. É a única competição do Estado que tem um conselho disciplinar, desportivo, em que todos os fatos são julgados. Inclusive atletas, dirigentes e árbitros. Se árbitro errou, vai ser punido. Nós não queremos saber, existe regulamento, existem regras, normas, a legislação e nós vamos em cima. Esse é o grande mérito da Taça Canarinho, que nunca se vê confusão e quando há é julgado. Em 23 anos, tivemos até hoje três brigas de atletas. É uma disciplina, cobramos isso demais. A Fundação não quer saber somente da competição. Ela quer saber da formação do individuo. Para nós que trabalhamos conjuntamente, não há campeonato atrelado: fraldinha, infantil, feminino e oficial. Todos eles são época por época. E a gente faz junto, porque queremos que esta criança de 10 e 12 anos se espelhe naqueles adultos. E os adultos sejam exemplos para estas crianças. a Fundação não dá brecha, é ponto de honra para ela cumprir e fazer cumprir as regras. O regulamento, nós coordenadores mandamos nele até o congresso técnico, que foi realizado no dia 9, a partir daí eu como coordenador não posso mais mexer. A não ser que todas as equipes se reúnam num congresso. Aí pode-se ver qual o caminho a tomar numa situação que não estava prevista.

Esporte Ágil - Existe alguma competição do Grupo Correio do Estado prevista para este ano?
Marcílio de Souza - Existe uma leve possibilidade de se fazer dois campeonatos de futebol suíço.

VEJA MAIS
Compartilhe:

PARCEIROS