Vôlei | Da redação | 21/12/2004 20h56

Apenas 22 jovens continuam na disputa da peneira em SP

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22 jovens continuam na disputa da peneira do Banespa

A peneira de voleibol masculino do Banespa/MasterCard/São Bernardo sempre foi um reflexo da modalidade no país. Em sua 21a edição, o evento constatou que continua a carência de atletas especializados na recepção (como líberos e ponteiros passadores) e no levantamento. A segunda bateria de testes foi realizada nesta terça-feira, no Esporte Clube Banespa, em São Paulo (SP), e apenas 22 candidatos continuam na briga pelas disputadas vagas nas categorias de base. No total, 597 garotos nascidos entre 1986 e 1990 tentaram a sorte na peneira. Amanhã, a partir das 9h, os pré-aprovados irão realizar testes físicos e médicos. Na seqüência, eles voltam à quadra para mostrar o que sabem na parte técnica e tática. Os resultados serão divulgados no início da tarde. "Será uma briga boa. Teremos dor de cabeça para escolher", admitiu o técnico das equipes infanto e juvenil, Alexandre Stanzioni. Ele disse que a safra de meninos mais novos foi de muita qualidade, nesta temporada. "Notamos que os atletas do infanto estão com mais potencial. Mas, mesmo assim, sentimos a carência de jogadores especializados", alertou o treinador. Ele tem observado este problema também nos campeonatos nacionais. "Tenho observado que faltam jogadores com características de passe, tanto ponteiros como líberos, e de levantamento. É necessário que seja feito um trabalho específico antes, nas categorias pré-mirim e mirim. Com a universalização da base, que ensina o vôlei por meio do jogo 6 x 0, dá a impressão de que todos saem atacantes. Na minha opinião, quando a base prezava o 4 x 2 (jogo com dois armadores), saiam levantadores mais criativos", comparou. Mesmo sem muitas opções no levantamento, Stanzioni encontrou dois bons candidatos na categoria infanto. "Foi uma grata surpresa", comemorou o técnico. Felipe Moraes, de São Paulo (SP), e André Pizzi, de Maringá (PR), são concorrentes na posição. "Não tive escolha, pois era muito descoordenado para atacar", divertiu-se Felipe, mas com modéstia: esguio, o garoto mostrou-se versátil em quadra, com um bloqueio ofensivo e sem desperdiçar as oportunidades de ataque. "No começo era meio chato levantar, mas depois me acostumei. Agora, gosto muito da posição", continuou o garoto. André, que antes ficava no fundo da quadra, também teve de se adaptar. "Comecei como líbero, mas o time precisava de um levantador. Acabei gostando, pois é o armador que precisa saber qual atacante está melhor colocado", lembrou. Como não poderia deixar de ser, os dois têm como ídolos os levantadores da Seleção Brasileira campeã olímpica em Atenas, Grécia: Ricardinho e Maurício.

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