Bate-Bola | Da redação | 16/12/2006 16h31

Bate-Bola: Velloso

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Velloso

Wagner Fernando Velloso, 38 anos, mais conhecido simplesmente por Velloso, jogou futebol durante 16 anos. Com uma postura profissional bem ao estilo "bom menino" ele se consagrou como titular do Palmeiras entre 1989 e 1999. Disputou 455 jogos com a camisa do Verdão, sendo 244 vitórias, 121 empates e 90 derrotas.

É o segundo goleiro que mais jogou pelo Palmeiras na história do clube, superando inclusive o lendário Oberdan e perdendo apenas para, ironicamente, o atual técnico do grande rival Corinthians, Emerson Leão.

Entre os títulos conquistados estão o Campeonato Paulista de 93, 94 e 96, o Campeonato Brasileiro de 1993 e 1994, a Copa do Brasil e a Copa Mercosul, ambas em 1998, e a Taça Libertadores da América em 1999.

Agora, o ex-goleiro encara um novo desafio em sua vida no Cene, onde assumiu o cargo de treinador há exatamente um mês. Pela primeira vez atuando como técnico em sua carreira, Velloso terá a missão de levar o Cene ao título do Estadual e quem sabe, ao título do Brasileiro Série C.

Esporte Ágil - Como foi a receptividade de Campo Grande?
Velloso - Foi ótima. Fiquei muito satisfeito por ter sido bem acolhido aqui na cidade, principalmente o pessoal do Cene, em geral o pessoal da cidade também, os palmeirenses aí já me recebendo, prestando uma homenagem. Então nessa parte, eu estou muito feliz e está sendo bem tranqüila essa adaptação.

Esporte Ágil - Voltando ao tempo em que você jogava futebol, tem como você contar qual sua maior alegria e sua tristeza dentro de campo?
Velloso - Maior alegria com certeza o título de 94, em cima do Corinthians, um Campeonato Brasileiro disputado, entre duas equipes que são as maiores rivais. Então foi realmente um momento de muita alegria. Momento ruim eu diria que são contusões, o tempo que voce fica afastado, parado, que não pode praticar o futebol, fazer aquilo que você gosta. Então isso realmente é um momento que é ruim da carerira que fica.

Esporte Ágil - Agora com relação ao Cene, o que você achou da estrutura do elenco atual?
Velloso - Bom. Tô satisfeito com o pessoal que está aí pra gente trabalha, a estrutura também tem condições boas pra desenvolver um trabalho, e acho que isso vem e tem ajudado bastante, vem a somar muito na campanha que o Cene pretende fazer, que nós pretendemos que o Cene faça nesse Campeonato Sul-mato-grossense.

Esporte Ágil - E reforços? Pensa em mais alguém?
Velloso - A gente está estudando ainda alguns nomes, nós estamos conversando, eu e a diretoria, e a gente aguarda ainda que chegue mais alguns jogadores até o início da competição.

Esporte Ágil - Como é sua primeira vez como técnico, qual é seu estilo: seria mais um Leão, que concentra tudo, Luxemburgo, meio marrento...
Velloso - (Risos) Não sei como me definiria não. Mas acho que eu procuro ser uma pessoa bastante equilibrida, bastante sensata, e o treinador tem que ter bastante sensibilidade, pra sentir realmente as necessidades do dia a dia, o momento de ser mais duro, o momento também de chamar pra uma conversa. Então acho que essa tem que ser minha linha, uma conduta de muito bom senso pra se comandar um grupo que tem 25 jogadores, então cada um reage de uma maneira, então acima de tudo, o bom senso tem que sempre prevalecer.

Esporte Ágil - Caso você vença o Estadual, pretende ficar para a Série C?
Velloso - A ideia é sim. A gente tem um projeto longo aqui, pretendo colocar o Cene na Série C, com esse campeonato, e ficar pra que até quem sabe, o projeto é o Cene estar na Série B. Então essa é a idéia e vamos aguardar. Claro que tudo depende desse campeonato que nós vamos disputar agora, o campeonato estadual, mas a gente tem um projeto futuro muito grande sim.

Esporte Ágil - O que você acha do Romário? Seria um jogador que agregaria mais valores ao Cene?
Velloso - Eu acho que é importante se definir bem a intenção. Eu acho que o Romário é um jogador inquestionável em suas qualidades, mas a gente tem que sempre privilegiar o grupo. Claro que o Romário tem o objetivo pessoal dele, que é alcançar a marca dos 1000 gols, mas existe também o objetivo do grupo, que é de ser campeão. Então a gente tem que separar bem as coisas: o Romário tem o objetivo dele e o grupo tem outro. Podendo juntar os dois, aí sim eu acho que seria interessante. Mas se o projeto pessoal vier acima do projeto do grupo, aí não é interessante.

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