Ricardo Mello passou por uma reviravolta em um ano no circuito internacional. Em 2005, ao estrear no Aberto do Brasil, ele havia acabado de assumir a condição de melhor brasileiro no ranking mundial, na 56ª colocação, colocando fim a um reinado de oito anos de Gustavo Kuerten, que estava parado para se recuperar de uma cirurgia no quadril.
Nesta segunda-feira, Mello entra na quadra central, às 20h30, na Costa do Sauípe (BA), para enfrentar o costa-riquenho Juan Antonio Marín sem a pose de estrela que havia conquistado no ano passado. Além disso, tem de conviver com a pressão de acabar com a má fase que o derrubou para a 183ª colocação no ranking mundial.
Foram quase 130 posições de queda no ranking que o deixou agora como o quarto melhor brasileiro na lista da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais) -foi ultrapassado por Thiago Alves. Algo que era impensável para quem, há um ano, estava dando sufoco no espanhol Rafael Nadal. Na ocasião, ele ganhava o terceiro set por 4 a 2, mas levou a virada de Nadal, que começava sua caminhada rumo ao título de Roland Garros.
Ofuscado pela volta de Gustavo Kuerten ao torneio, após se recuperar de cirurgia no quadril e vendo outros dois brasileiros -Flávio Saretta e Marcos Daniel- entre os 100 melhores do mundo, Mello só pensa em se recuperar no circuito internacional e acabar com o jejum de vitórias.
\"É uma pressão a mais que tenho de procurar esquecer durante o jogo. Jogando em casa, com apoio da torcida e com toda minha vontade, espero acabar com esse tabu\", afirmou o tenista, que teve sua última vitória na primeira rodada do Aberto dos Estados Unidos diante do argentino Juan Monaco.