Jogos Escolares | COB | 24/09/2008 17h02

Em site, ''pequenos'' sul-mato-grossenses são destacados

Compartilhe:

Poços de Caldas (MG) - Durante as Olimpíadas Escolares, é comum encontrar jovens, porém grandes atletas. Meninos e meninas altos e fortes, resultado dos treinos e do metabolismo rápido dessa fase de crescimento, como Thiago Randares, jogador de Basquete do Distrito Federal, que mede 1,93m e pesa 93kg aos 14 anos de idade. Mas três pequenos vieram às Olimpíadas mostrar que tamanho não é documento. Adrielen Silva, Felipe Milani e Omar Dorigani Júnior têm 12 anos de idade e atuam como armadores e levantadores em suas equipes de basquete e vôlei. São os responsáveis por distribuir o jogo e montar as jogadas da equipe. Uma responsabilidade grande, que exige grande pode de decisão. E todos os três medem, em média, 1,50m.
 
Adrielen veio de Mato Grosso do Sul para competir nas Olimpíadas Escolares. É a menor atleta de sua delegação, com 1,45m. Felipe - ou Felipinho, como é mais conhecido - tem 1,48m e não teve que sair de casa para defender seu time, a delegação de Poços de Caldas. Os dois são armadores de seus times de basquete e, com a ajuda da pequena estatura, realizam a tarefa muito bem. "Felipinho é um atleta muito habilidoso e se dá bem em todo esporte que pratica. Ele é o sonho de todo professor de Educação Física", diz o técnico de Poços de Caldas, Júlio César de Freitas. O técnico sul mato-grossense, Rogers Sampaio, diz algo parecido de sua atleta. "Adrielen é bastante rápida e muito disciplinada. Quando você lembra que ela tem apenas 12 anos e ainda está se desenvolvendo, vê que tem um grande futuro pela frente".
 
Conterrâneo de Adrielen, Omar Dorigani Júnior tem 1,57m e pode, de certo modo, ser comparado a Bruno Rezende, da seleção brasileira masculina de vôlei. Ambos são levantadores e filhos do técnico, mas conquistaram seus lugares no time devido ao próprio talento. "Ele pode ser pequeno, mas é bom passador e tem raça, não desiste de uma bola", disse o técnico e pai, Omar Dorigani. Como na seleção brasileira, os colegas de time confirmam o talento do colega. "Se nós somos bons, é porque ele faz o passe direitinho na nossa mão. Ele é pequeno, mas é danado", diz o ponteiro Guilherme Henrique, 14 anos e 1,80m, considerado o melhor jogador de vôlei do estado em sua categoria.
 
Enquanto são elogiados, os pequenos têm que sofrer os percalços da idade. Adrielen e Felipinho são os alvos preferidos para faltas. "Todo jogo o povo vem em cima de mim, levo pancada de todo lado, eles não cansam disso", reclama o garoto mineiro. Adrielen não reclama muito, apenas concorda com a cabeça. "O que ela tem de disciplinada, tem de tímida", completa seu técnico. Felipinho sofre ainda com os colegas, principalmente Daniel Cardin, de 14 anos e 1,88m, que adoram disputar bola com ele. "Mas eles vão ver, ainda vou ser mais alto que eles", sonha.
 
As Olimpíadas Escolares 2008 são fruto de uma parceria do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) com o Ministério do Esporte, com o apoio das Organizações Globo e a participação da Prefeitura Municipal de Poços de Caldas (MG).

VEJA MAIS
Compartilhe:

PARCEIROS