Atletismo | Da redação | 27/12/2004 15h11

São Silvestrinha foi disputada no fim de semana

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A 11ª edição da São Silvestrinha foi recheada de emoções do início ao fim, mas, por coincidência, acabou premiando os últimos a participar da festa com o maior prêmio. Tiago Anderson Henrique de Oliveira, vencedor da prova dos 1000 metros, disputada por garotos de 15 anos, cravou o novo recorde da história da prova, com 2min37s31. O corintiano corredor, que no ano passado chegou em terceiro lugar na São Silvestrinha, venceu todas as provas da categoria em 2004 no Circuito Estadual de Atletismo, e coroou sua ótima temporada com um passeio nas pistas do Ícaro de Castro Melo neste domingo. "Muito treino e força de vontade formam a minha receita para conseguir bons resultados", declarou o campeão, que veio de Itapetininga para superar 73 concorrentes na busca pela medalha de ouro. Flávio Rubens Cipriano, técnico do supercampeão, destacou a mobilização da cidade na torcida pelo atleta. "Trouxemos mais de 20 pessoas de Itapetininga confiantes na vitória do Tiago", destacou. Ao contrário de todos, Nayara de Oliveira Correa se despede da São Silvestrinha com um enorme sorriso. A garota faturou, neste domingo, o pentacampeonato na competição e como neste ano participou da última categoria permitida (15 anos com 1000m), terá de esperar até 2007, quando tiver 18 anos, para disputar a São Silvestre principal. "No último ano eu tinha que fechar com chave de ouro e consegui, mesmo enfrentando as 24 horas de ônibus", afirmou a garota, relatando sua viagem de Cuiabá, capital do Mato Grosso, até São Paulo, onde foi recepcionada pelo irmão Edvaldo, orgulhoso pela conquista. "É muito bom isso não? Essas vitórias dela até me serviram de incentivo para correr um pouco, mas o destaque da família é ela", explicou, orgulhoso, o irmão coruja. Fã de Vanderlei Cordeiro de Lima e do queniano Paul Tegart, Nayara elogiou a difícil e competitiva prova, que selou a sua hegemonia na São Silvestrinha. "O ritmo foi forte e, para piorar, a chuva atrapalhou", completou a pentacampeã, agradecendo o irmão Daniel, seu maior incentivador na carreira. Sem a São Silvestrinha, Nayara continuará disputando os campeonatos brasileiros de base até surgir uma oportunidade para participar de alguma prova com os profissionais. Depois que isso acontecer, promete decolar de vez, gabaritada pelo excelente retrospecto.

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