O fenômeno italiano Valentino Rossi resolveu acabar com as especulações e revelou, durante os trabalhos da MotoGP nesta sexta-feira, na República Tcheca, que não vai deixar as motos para tentar uma carreira na Fórmula 1. Rossi desmentiu que tenha assinado contrato com a Ferrari para ser piloto de testes em 2006, virando titular em Maranello a partir de 2007.
"A Ferrari me convidou para testar, e como estava de férias, eu fui. Não há nada para especular sobre o meu futuro, eu não vou para a F-1. Não fui eu quem pediu o teste. Eles me chamaram e eu não quis perder a oportunidade. É sempre muito legal. Eles queriam ver se eu também posso ser rápido pilotando carros", garantiu Rossi.
Ao seu perguntado se sentiu-se usado pela equipe de Maranello, o italiano desconversou. Para ele, a Ferrari não precisaria usá-lo para atrair mídia, como foi insinuado na Itália. Até o polêmico episódio do capacete, quando a equipe vetou que Rossi usasse o seu particular, com seus patrocinadores, foi esclarecido pelo piloto.
"Eles podem ter se aproveitado disso como jogada de marketing? A Ferrari não precisa disso. Por que eu não usei meu capacete? Simplesmente porque me disseram que eu teria que usar aquele, que era igual ao do Schumacher. Com alguns ajustes, o capacete ficava quase perfeito em mim", completou o Fenômeno.
Mesmo sem a intenção de seguir carreira nas quatro rodas, Rossi garante que a Ferrari não fez de tudo para checar as suas qualidades. O piloto critica o limitado número de testes e treinos que fez em Maranello e pede outras oportunidades em pistas diferentes.
"Para ver se eu realmente consigo ser competitivo em um carro da F-1, eu deverei testar em outro circuito que não seja Fiorano. Algum lugar como Mugello ou Barcelona seria bom, porque apesar de eu conhecer o traçado, eu não teria nenhuma vantagem, já que a F-1 é algo bem diferente do que eu faço", concluiu.