Rio de Janeiro (RJ) - Mesmo sendo vaiado e hostilizado pelos torcedores que compareceram no Engenhão, nesta quarta-feira, e acompanharam o empate em 0 a 0 da seleção brasileira com a Bolívia, o técnico Dunga afirmou que não vai deixar o cargo de comandante do time canarinho. Para o treinador, a equipe vai continuar tendo dificuldades nas elminatórias para a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul.
"Vou continuar o meu trabalho, aquilo que foi combinado com o presidente, a postura da seleção brasileira. Vamos encontrar dificuldades, isso é normal. A seleção nunca teve vida fácil nas eliminatórias. Em 2001, na Copa do Mundo do Japão, o Brasil se classificou na última rodada. Em 93, o Brasil se classificou na última rodada. Então, não é esse mar de rosas. Às vezes, as pessoas pensam que o Brasil costuma passear nas eliminatórias. Nos jogos contra o Brasil, as equipes marcam muito, jogam totalmente atrás e vão dificultar o nosso trabalho", diz o treinador.
Dunga comentou ainda sobre a postura defensiva da Bolívia no confronto desta quarta-feira e afirmou que os atletas brasileiros não conseguiam dominar a bola de primeira para dar velocidade aos lances. Para ele, a ansiedade para repetir a atuação da vitória por 3 a 0 sobre o Chile atrapalhou os seus comandados.
"Cada partida tem a sua história. O time que joga contra o Brasil é assim. A Bolívia veio com uma proposta e não deu para darmos velocidade ao jogo. Isso dificultou muito. A ansiedade de querer fazer um bom jogo atrapalhou e começamos a lançar essa bola pelo meio. Isso atrapalhava muito, não deu para dar a velocidade que é habitual. A gente tinha que dar dois, três toque para dominar a bola. Isso complicou o nosso estilo de jogo", finalizou.
Conmebol critica - O site da Conmebol criticou a atuação da seleção diante da Bolívia na sua crônica sobre a partida. Robinho, Ronaldinho e, especialmente, Dunga são criticados. "Robinho e Ronaldinho estiveram completamente desaparecidos. Ele (Dunga) voltou à corda bamba", escreve a publicação.