Campo Grande (MS) - Mesmo que "simbólico", o preço das inscrições para os 31º Jogos Abertos de Campo Grande, promovidos pela Prefeitura da Capital através da Funesp, não tem agradado alguns competidores e treinadores.
Segundo a Funesp, este ano a cobrança é para tentar diminuir o número de W.O. nas partidas, tendo em vista que nos dois últimos anos o número foi muito elevado.
Os valores, que antes eram de R$ 70 (setenta reais) nas modalidades coletivas e R$ 7 (sete reais) nas individuais, foram reduzidos para R$ 50 nas coletivas e R$ 5 nas individuais. Mesmo assim, alguns técnicos continuam discordando da medida.
"Isso atrapalha e muito, já que é um campeonato organizado pela Prefeitura e tem verba pública", reclama Alessandro Nascimento, técnico da equipe de judô do Colégio Sealp. Mesmo descontente, ele conta que nenhum aluno seu deixará de competir. Este ano, o colégio será representado por cerca de 20 judocas.
O pensamento de Luiz Magalhães, coordenador de esportes da UCDB, não difere do de Alessandro. "Vai atrapalhar bastante. Nunca cobraram e resolvem cobrar agora... Vai esvaziar os jogos", prevê o professor. Segundo ele, a Universidade terá cerca de 100 atletas nos Jogos este ano nas modalidades coletivas e individuais.
Ex-presidente da Funesp, o vereador João Rocha foi o atleta que acendeu a pira olímpica da primeira edição dos Jogos. Ele também não concorda com a cobrança.
"Não concordo de forma alguma. Já até falei com o Carlos Alberto [presidente da Funesp] e vou falar com o prefeito", avisa o vereador, que também acredita que a cobrança pode "espantar" os competidores.
"É um evento que comemora o aniversário da cidade. Todos têm que participar", finaliza.