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Sem pressão do sobrenome, Senna anuncia apoio de peso

ge.net - 9 de fev de 2007 às 10:57 216 Views 0 Comentários
Sem pressão do sobrenome, Senna anuncia apoio de peso

São Paulo (SP) - Sobrinho do tricampeão mundial Ayrton Senna, Bruno já se acostumou a responder questões a respeito da pressão em seguir a mesma carreira onde o tio se destacou. Aos 23 anos e prestes a estrear na Fórmula GP2, última categoria antes da Fórmula 1, ele garante que não tem mais problemas com isso e até procura se aproveitar do parentesco.

"No começo, era complicado carregar esse sobrenome porque havia um interesse das pessoas nele e não no que eu estava fazendo. Mas eu sempre contei com o apoio da minha família e, conforme os meus resultados foram aparecendo, todos começaram a prestar atenção na minha carreira", comentou o piloto da Arden. "Hoje, o sobrenome mais me abre portas que me pressiona", garantiu.

Buscando seu próprio lugar entre os nomes de destaque do automobilismo, Bruno tratou de correr atrás de patrocinadores. Um deles, que o apoiará até o final do ano foi anunciado nesta quinta-feira: é o Santander Banespa, que já mantém um dos mais tradicionais times de vôlei do Brasil e desde 2006 apóia o automobilismo, quando anunciou um acordo com a McLaren.

"É uma parceria importante por motivos financeiros e pela possibilidade de eu continuar construindo meu sonho. Quanto mais perto da Fórmula 1 você chega, mais caro fica", comentou o jovem piloto. Os valores do contrato não foram revelados, mas trata-se de um apoio forte, já que o banco estampará sua marca no macacão, capacete e carro de Senna.

Segundo a linha de procurar a independência de Bruno, o vice-presidente de segmentos e marketing do Banespa, Armando Pompeu, garantiu que a escolha não foi feita com base no sobrenome. "É claro que o sobrenome Senna desperta grande simpatia, mas a escolha foi feita devido a trajetória dele, que se assemelha com a nossa. Os dois tiveram um crescimento grande em pouco tempo", afirmou, se referindo ao fato de Bruno ter começado a competir para valer apenas com 19 anos.

Mas, apesar de tentar se desvincular da imagem do tio, Bruno faz questão de guardar algumas semelhanças. Uma delas é o capacete, que tem a mesma pintura amarela com uma faixa azul e outra verde usada pelo tricampeão mundial. O piloto, porém, faz questão de destacar os resultados em sua carreira, como a terceira colocação na Fórmula 3 Inglesa em 2006.

"Óbvio que eu queria ser o campeão, mas o importante foi que eu tive uma consistência boa, pois quase sempre terminei as corridas entre os seis primeiros e tive mais vitórias que o segundo colocado na categoria (cinco, no total)", explicou. E ele demonstra otimismo para sua primeira temporada na GP2, apesar de ser seu ano de estréia na categoria, assim como seu companheiro de Arden, o sul-africano Adrian Zaugg.

"É um desafio para nós dois, mas acho que o desempenho da equipe não vai sair prejudicado porque ele é capaz e a equipe tem recursos. Temos possibilidades concretas de bom resultados", assegurou.

Senna também espera uma maior atenção do povo brasileiro com a GP2, já que disputará o título contra três compatriotas: Lucas di Grassi, Xandinho Negrão e Antonio Pizzonia. "Vai ser bem divertido competir contra os brasileiros até porque todos são meus amigos. É lógico que diminui a pressão por resultados para o Brasil em cima de mim, mas eu olho pelo lado que esse número incentiva as pessoas daqui a assistirem a categoria, que teoricamente é o último passo para a Fórmula 1", encerrou.

Formado por 10 rodadas duplas e um grande prêmio isolado - Mônaco -, o calendário da Fórmula GP2 será inaugurado no circuito de Sakhir, no Bahrein, no dia 14 de abril. Durante a pré-temporada, que começa no dia 21, os pilotos farão seis dias de testes.

Carolina Canossa, especial para a GE.Net

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