A expectativa pelo tricampeonato mundial e a pressão criada pela proximidade do jogo mais importante de todo o ano para o São Paulo anestesiaram os atletas brasileiros. Após treinar sob o frio do inverno japonês e rebater as críticas de crise por causa da premiação a que teriam direito se forem campeões, os são-paulinos resolveram expressar a satisfação por serem um dos protagonistas na cena do futebol mundial antes do fim do ano.

"É muito prazeroso chegar ao fim do ano e disputar uma final como essa. É o fruto do trabalho feito em um ano todo e um jogo que ainda tem mais responsabilidade que o normal", afirmou o lateral-direito Cicinho, que pode se despedir da equipe tricolor com o título.

Contratado pelo Real Madrid, o jogador deve deixar o Morumbi depois da decisão e seguir para a equipe espanhola.

Cicinho também afirmou que ainda não parou para pensar nas possíveis conseqüências de uma vitória ou derrota na grande decisão.

"Sinceramente não parei para imaginar isso. Nem em ser campeão nem em ser derrotado. A vitória seria uma consagração, lógico. E uma derrota traria uma frustração normal, mas também não seria o fim do mundo", destacou.

Outro que coloca o gosto pessoal acima da tensão é o goleiro Rogério Ceni, que participou dos outros títulos mundiais do São Paulo como coadjuvante.

"Esse é um jogo que tem que ser tratado de uma forma especial. Cada um encara de uma maneira."

Para o zagueiro uruguaio Diego Lugano, a partida contra o Liverpool vai entrar na história do clube do Morumbi e será lembrada por um longo período.

"Sabemos que é um jogo histórico, como foi a final da Copa Libertadores e como foi a partida diante do Al Itthad (Arábia Saudita). O grupo já está acostumado com esse tipo de jogo", afirmou o atleta, que crê na tranqüilidade de seus companheiros.