Após o jogo, os argentinos do Corinthians disseram que foram ofendidos por Edílson, que os teria chamado de \"gringos de merda\". O árbitro, depois, negou as acusações.
Segundo o advogado do Corinthians, João Zanforlin, são duas as possibilidades para provar o abuso de autoridade da arbitragem. A primeira, teoricamente mais complicada, seria usar imagens de televisão com close no árbitro para comprovar, através de peritos em leitura labial, as palavras ditas.
A outra, convencer um jogador adversário - do São Paulo, no caso - a depor a favor dos argentinos no tribunal. Mas no clube do Morumbi, isso está fora de cogitação.
\"Não tem nenhuma chance (de um jogador do São Paulo testemunhar a favor dos corintianos)\", disse o superintendente de futebol são-paulino, Marco Aurélio Cunha.
Os jogadores não se pronunciaram oficialmente, mas o técnico Paulo Autuori tentou minimizar a polêmica criada após o clássico.
\"Tivemos um caso aqui, quando o Josué reclamou do tratamento que teve de um árbitro num jogo. Mas nem por isso fizeram esse barulho todo\", comparou o treinador são-paulino, que ainda falou sobre a questão de tratamento que esportistas recebem quando estão fora do seu país de origem.
\"Eu passei 16 anos da minha carreira como estrangeiro (em Portugal e no Peru) e aprendi que é necessário se adaptar aos costumes e à cultura local. Isso está parecendo mais como um desabafo pela derrota\", completou Autuori.