Campo Grande (MS) - Depois de mais de um ano de paralisação, o projeto Pintando a Liberdade está sendo retomado em Mato Grosso do Sul. As rebeliões ocorridas nos presídios estaduais de Campo Grande e Dourados impediram a continuidade da produção de bolas e redes esportivas.
O relançamento oficial da produção das partes e costura dos materiais acontece na próxima semana. No dia 26, representantes da Fundesporte, da Agepen, da penitenciária Harry Amorim Costa, da prefeitura e da câmara municipal participam da solenidade em Dourados.
Para às 9h está marcada uma visita às instalações com o objetivo de mostrar como está sendo desenvolvido o trabalho. O evento é aberto à imprensa. No dia seguinte, o relançamento é em Amambaí. Após uma solenidade na Câmara Municipal, as autoridades visitam o presídio local para ver o processo de costura das bolas e redes.
Inclusão social - O "Pintando a Liberdade" é um projeto do Ministério dos Esportes, em parceria com a Fundesporte, no qual internos de presídios trabalham na confecção de bolas e redes em troca de remuneração e redução da pena. A produção é doada para escolas públicas, comunidades e entidades assistenciais.
"Além da redução da pena, os internos aprendem um ofício e recebem pelo trabalho. Também é preciso ressaltar a importância social do projeto que doa materiais esportivos para comunidades que não teriam condições de adquiri-los", comentou o coordenador administrativo do projeto, Ramon Brizuena Aniz.
Em Mato Grosso do Sul, cerca de 80 presos estão envolvidos no projeto. Os técnicos de produção das partes da bola recebem R$100 mensais. Os responsáveis pela costura recebem R$2 por bola, e entre R$ 4,50 e R$ 10 por rede.
No convênio firmado com o Ministério dos Esportes, devem ser produzidas em Mato Grosso do Sul 12 mil bolas de futebol de campo e futsal e 450 redes de vôlei, futsal e futebol de campo.