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Presidente do Saad prevê desmanche depois da Copa do Brasil

ge.net - 31 de out de 2007 às 17:00 153 Views 0 Comentários
Presidente do Saad prevê desmanche depois da Copa do Brasil

São Paulo (SP) - No dia da estréia da Copa do Brasil de futebol feminino, o presidente do Esporte Clube Saad, um dos favoritos à conquista da competição organizada pela CBF, já imagina um desmanche em sua equipe depois da competição, em dezembro. De acordo com Romeu de Castro, antes mesmo de a equipe entrar no certame representando o Estado do Mato Grosso do Sul, a debandada de suas atletas já está praticamente certa.

Contando com seis jogadoras que defenderam a seleção brasileira na Copa do Mundo da China, em setembro, o mandatário não esconde o assédio que jogadoras como Daniela Alves e Formiga vêm recebendo de clubes estrangeiros. Embora tenha segurado as armadoras para o torneio nacional, Romeu de Castro praticamente acertou a data da saída das indicadas para o prêmio de melhor do mundo da Fifa.

"Todos os dias, venho recebendo propostas de Suécia, Itália, Espanha e vários outros países pela Dani Alves e pela Formiga", revelou o presidente do Saad, em conversa por telefone com a redação da Gazeta Esportiva.Net. "Só que não são só elas, e várias atletas vêm sendo sondadas. O assédio é tão grande que decidimos que vamos liberar o nosso time inteiro em dezembro para negociar com o exterior", completou.

O iminente desmanche do Saad tem um motivo. Ainda que recebam em torno de R$ 2,5 mil mensais da Bolsa Atleta, as atletas da equipe teriam a oportunidade de obterem uma vida mais estável financeiramente em outros centros mais abastados para o futebol feminino. Na Europa, por exemplo, o salário médio de uma jogadora de futebol gira em torno de R$ 10 mil.

"A maioria das atletas vem de famílias humildes e poderá não ter mais chances de conseguirem um salário tão bom se recusarem a proposta. Hoje em dia elas deixam de ganhar dinheiro por amor à camisa, mas não podem deixar que oportunidades assim passem. Se a onda do futebol feminino passar e voltar ao esquecimento, elas podem ter um futuro difícil", analisou.

Romeu de Castro, porém, ainda espera por uma mudança para segurar suas atletas. "Temos que cobrar mudanças de posicionamento político e conseguir mais patrocinadores. Caso contrário, a partir de 10 de dezembro (data da final da Copa do Brasil), as atletas já estarão liberadas e iremos utilizar nossas categorias de base", concluiu.

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