Franca (SP) - Depois de recusar por um bom tempo as convocações para a seleção brasileira, Nenê aceitou ser chamado para a disputa do Pré-Olímpico, que será realizado em agosto, na cidade norte-americana de Las Vegas. No entanto, o pivô cobrou mais estrutura para os atletas do Brasil, que passam por alguns sufocos quando estão defendendo o time verde amarelo.

No ano passado, durante a preparação para o Campeonato Mundial do Japão, os brasileiros tiveram problemas para treinar. Como a Confederação Brasileira de Basquetebol (CBB) não tem um ginásio particular, a equipe teve que se exercitar no clube do Botafogo , no Rio de Janeiro, em condições bastante precárias, como o próprio Nenê conta.

"O Anderson (Varejão) falou da tabela do ginásio do Botafogo, que não estava presa muito bem. Então os jogadores tinham de evitar a enterrada. Isso não pode acontecer", cobrou Nenê. Além deste problema, o time passava pelo constrangimento de fazer os treinadores do clube carioca esperar para poder entrar em quadra com seus atletas. E as queixas não pararam por aí.

Nenê também lembrou ao fato de a CBB não fornecer seguro aos jogadores convocados para a seleção. Os times da NBA, por exemplo, exigem que as confederações nacionais forneçam tal garantia para liberarem seus atletas. No ano passado, a pivô Alessandra se contundiu durante a disputa do Mundial e, durante o tratamento, descobriu que não havia seguro. Desde então a jogadora move uma ação contra a entidade máxima do basquetebol brasileiro.

"Isto (a falta de seguro) refletiu muito nos Estados Unidos. Eles perguntavam se era assim mesmo. A NBA pesquisa tudo o que acontece. Não podemos deixar essa imagem negativa", alertou Nenê. Quanto a esta situação, a CBB já avisou que os seguros estão em processo de quitação e que isto não será problema para a disputa do Pré-Olímpico.