Campo Grande (MS) - Paulo Telles, técnico do Cene-MS há um ano - em seis temporadas atuou como dirigente, não tem um milésimo do prestígio de Wanderley Luxemburgo, comandante do Palmeiras e seu adversário na estréia da Copa do Brasil, nesta quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), no estádio Morenão. Mas personalidade não lhe falta.
Em entrevista para a Rádio Globo na noite desta terça-feira, Telles, que está fazendo mistério para confirmar o time que entrará em campo, descartou estar preparando um "nó tático" contra o Verdão de Palestra Itália, mas reforçou sua confiança em evitar uma derrota por dois ou mais gols de diferença, fato que eliminaria a necessidade do segundo jogo entre as equipes.
"Quem sou eu para dar nó no Luxemburgo? Vou procurar fazer um bom jogo, pois trabalhamos bem. Sabemos do nosso potencial e vamos fazer de tudo para complicar o Palmeiras aqui e levar a partida para São Paulo na próxima quarta-feira", avisou.
O treinador foi questionado sobre a receita para marcar o chileno Valdívia, principal jogador do Palmeiras e, com propriedade, garantiu que não abusará da violência contra o "Mago" e sequer destacará um jogador em especial para marcá-lo.
"Vamos jogar um futebol limpo e não vou marcar apenas um jogador, pois o Palmeiras tem o Diego Souza, o Denílson e o Kléber que podem entrar, além de dois laterais reis nas assistências (Élder Granja e Leandro) e um zagueiro que aparece sempre à frente, o Henrique", enumerou, mostrando conhecimento profundo do rival.
Sobre sua própria equipe, Paulo Telles evitou citar um destaque somente. "Temos um grupo experiente, mas com potencial para se desenvolver muito no futebol brasileiro. Nossa força está no conjunto", concluiu.