Em sua última entrevista coletiva, Emerson Leão reconheceu que o Palmeiras encontrou problemas para contratar após o fim da co-gestão com a Parmalat, união de sucesso nos anos 90. Desde então, o único título conquistado pelo Palmeiras foi a Série B de 2003.
Os negócios imaginados pela diretoria alviverde hoje, porém, são diferentes daqueles do era Parmalat. O clube vê com bons olhos empresas dispostas a investir na compra de jogadores visando lucro.
\"Entendemos que hoje em dia isso é importante para se investir e formar times competitivos. Estamos procurando esses parceiros, pesquisando e analisando quais os principais requisitos para se associar e contratar jogadores\", afirmou o diretor Salvador Hugo Palaia.
Na época da Parmalat, havia todo um plano de marketing envolvido. Nos dias atuais, seria diferente. Por exemplo: o Palmeiras investiria com metade do valor de um atleta e a empresa, com outra. O clube valorizaria o jogador e o parceiro faturaria na venda.
\"É uma saída para conseguir contratar. Você pode comprar parte de um jogador e a empresa vai ter lucro com ele\", disse o 1º vice-presidente, José Cyrillo Júnior.
O time alviverde, porém, quer total autonomia no departamento de futebol. Todas as decisões devem ser tomadas pelo clube e os salários pagos na íntegra pelo Palmeiras.
\"Não pode ser como o MSI, porque lá arrendaram o futebol do Corinthians\", analisou Cyrillo, ao falar da parceria do maior rival. E qualquer acerto deve passar e ser aprovado pelo COF (Conselho de Orientação e Fiscalização) do Palmeiras.