Dez jogos e dez vitórias contra equipes venezuelanas, 100% de aproveitamento na temporada, líder do Paulistão e infinitamente superior diante de um adversário que é apenas o sexto colocado no campeonato de seu país. Tudo isso será deixado de lado pelo Palmeiras quando a bola começar no Parque Antártica nesta quarta-feira, às 21h45, no primeiro duelo contra o Deportivo Táchira, da Venezuela, válido pela fase classificatória da Libertadores da América 2006.
O técnico Emerson Leão espera que seus comandados mantenham a humildade diante do adversário pouco tradicional e não entrem em campo preocupados em conseguir uma goleada. "Não podemos pensar em goleada, e sim em vencer. Todos falam mal do Táchira, mas sabemos que isso pode nos complicar dentro de campo, por isso temos de atuar com inteligência e muito respeito para fazer um placar favorável", ponderou.
Questionado sobre quais informações têm sobre o adversário desta quarta-feira, Leão foi direto e voltou a pedir humildade. \\\'Sei que estão em situação delicada na liga do país deles e que jogam de maneira simples e trabalhadora\\\', analisou. \\\'Acredito que eles venham com todo gás, pois times de Venezuela, Bolívia e Colômbia costumam usar a Libertadores como fonte de venda de seus jogadores\\\', apostou.
O treinador já definiu que Washington será o companheiro de ataque de Edmundo, substituindo Enílton, que desfalcará o Alviverde pelos próximos 15 dias. No meio-campo, Ricardinho ocupará novamente a vaga aberta por Juninho Paulista, que ainda não jogou na temporada.
Estreante em Libertadores, Ricardinho espera reconquistar a confiança da torcida, abalada pela sua expulsão na primeira vez em que atuou no Parque Antártica, diante do São Bento. "Eu estava me aplicando na partida e a expulsão aconteceu. Foi coisa de jogo e não acho que tenha ficado mal com a torcida, mas vou procurar fazer o máximo para disputar uma boa partida e ajudar o Palmeiras a vencer", declarou.
O confronto entre Palmeiras e Deportivo Táchira será o terceiro da história entre os clubes. Nos dois primeiros, válidos pela Libertadores de 2005, duas vitórias do Verdão: 3 a 0 no Parque Antártica e 2 a 1 na Venezuela. O jogo de volta está marcado para o dia 1º de fevereiro, em São Cristobal, e o time palmeirense embarca já no domingo, após enfrentar a Portuguesa Santista, novamente no Palestra Itália, pelo Paulistão.
Rezando pelo empate: O técnico Manuel Plasencia, do Deportivo Táchira, não nega que um empate já seria um excelente resultado para sua equipe. Para isso, vai armar uma marcação em bloco no meio-campo visando anular as jogadas ofensivas do Palmeiras e facilitar uma saída rápida nos contra-ataques.
Plasencia não poderá contar com o meia Marlon Fernández, contundido, e terá apenas 19 jogadores (todos venezuelanos) à disposição para a partida desta quarta. Diante da pouca convicção de que o time consiga avançar à fase de grupos da Libertadores, o técnico acredita que os duelos contra o Palmeiras servirão para entrosar a equipe em busca do título nacional.
"Temos de ter a cabeça no lugar e os pés no chão, pois sabemos da força do nosso adversário. Se Deus nos ajudar, espero que consigamos sair daqui com um empate. O campeonato local é o nosso objetivo. É mais importante desenvolver nossos jogadores do que uma partida contra o Palmeiras. Então, espero que os atletas consigam fazer o jogo que planejamos para poder crescer coletivamente", finaliza Plasecia.
FICHA TÉCNICA:
PALMEIRAS X DEPORTIVO TÁCHIRA-VEN
Local: estádio do Parque Antártica, em São Paulo (SP)
Data: 25 de janeiro de 2006, quarta-feira
Horário 21h45 (Brasília)
Árbitro: Ricardo Grance (PAR)
Assistentes: Nelson Valenzuela e Celestino Galvá, ambos do Paraguai.
PALMEIRAS: Marcos; Paulo Baier, Daniel, Gamarra e Lúcio; Marcinho Guerreiro, Corrêa, Ricardinho e Marcinho; Edmundo e Washington.
Técnico: Emerson Leão.
DEPORTIVO TÁCHIRA-VEN: Morales; Boada, Martínez, Perozo e Cuevas; González, Villafraz, Ospina e Hernández; García e Rondón.
Técnico: Manual Plasencia.