Campo Grande (MS) - Não é concorrência, mas uma forma de difundir a modalidade em Mato Grosso do Sul. Com esse pensamento, o Clube Fadec de Ciclismo, um dos mais tradicionais da Capital, realizará a segunda Copa Intermunicipal de Mountain Bike, torneio paralelo ao Campeonato Estadual de Mountain Bike, que começou no último dia 25 de abril, em Campo Grande.
"Estamos com um projeto de resgatar a modalidade, que ficou meio esquecida pelas administrações da Federação. Todas as provas de mountain bike da Federação têm sido feitas quase que na marra", aponta Pedro Benites, que é diretor da própria Federação e vice do Fadec.
A etapa de abertura acontece neste domingo (16), às 8 horas, na saída para Rochedinho. As inscrições custam R$ 15 e 70% do valor arrecadado será revertido para premiação dos atletas. Segundo Benites, outras duas etapas devem ser realizadas este ano, nos dias 25 de julho e 19 de setembro. "É provável que tenhamos que realizar ainda duas provas extras, totalizando cinco etapas", acrescenta.
Já estão confirmados atletas de Campo Grande, Anastácio e Coxim, nas categorias Sub-17, Sub-23, Sub-30, Sub-40, Sub-50, Super Over (acima de 50 anos) e feminina (acima de 14 anos). A grande novidade esse ano é a categoria ouro, formada pelas categorias Sub-23, Sub-30 e Sub-40. Elas disputarão a Taça Fadec e o título de campeão geral do torneio.
De acordo com o dirigente, o atleta não é obrigado a estar filiado à alguma equipe para participar. "Qualquer pessoa pode participar, desde que utilize o equipamento de segurança, como capacete", indica.
"O mountain bike no Estado está em grande crise"
A abertura do Campeonato Estadual reuniu 28 atletas em Campo Grande. A primeira etapa foi uma prova no estilo Marathon. As próximas serão no estilo Up Hill e Cross Country, ainda sem datas definidas. Para Pedro Benites, o baixo número de participantes evidencia a decadência da modalidade em Mato Grosso do Sul.
"O mountain bike no Estado está em grande crise", dispara. "A federação se comprometeu a realizar apenas os estaduais (três provas) em um ano. Isso tem desmotivado clubes e atletas da modalidade, já que o custo médio de uma filiação é de R$ 100. Os clubes não têm interesse em realizar provas de mountain bike devido o baixíssimo número de atletas", conta.
Apoio
Para realizar o evento, a receita é zero. "Não temos ajuda de ninguém. Estamos bancando tudo praticamente sozinhos", conta Benites. Da Federação, o Clube recebe apenas a autorização e alguns itens da logística, como o balão de chegada.
"Nossa missão é difícil, pois estamos pegando uma categoria que não tem incentivo", finaliza o dirigente, experiente no mountain bike, já que disputou diversos eventos nacionais, como o Campeonato Brasileiro de Mountain Bike e até uma etapa do Mundial, na cidade de Balneário Camboriú (SC).