Atenas (Grécia) - O Milan não quer nem pensar em decidir a Copa dos Campeões nos pênaltis, na partida que será disputada nessa quarta-feira, em Atenas, contra o Liverpool. Desde que venceu a Juventus na cobrança de penalidades máximas, na final da competição em 2003, o Milan já perdeu três disputas dessa forma - contra a Juventus, pela Supercopa da Itália de 2003, contra o Boca Juniors, pelo Mundial Interclubes de 2003, e contra o próprio Liverpool, na decisão da Copa dos Campeões de 2005.

A decisão de 2005, aliás, ainda está viva na memória de jogadores e comissão técnica do Milan. No primeiro tempo da partida, que foi disputada em Istambul, a equipe italiana vencia os ingleses por 3 a 0; mas, depois de impressionante reação, o Liverpool empatou e o goleiro Dudek marcou seu nome na partida, defendendo dois pênaltis para os Reds. "Não pensamos em pênaltis, mas se ocorrer temos que bater na bola melhor do que em Istambul", disse o técnico do Milan, Carlo Ancelotti.

Além da derrota como treinador, Ancelotti também não tem boas lembranças do time da terra dos Beatles como jogador: quando jogava pela Roma, também perdeu a Copa dos Campeões para o Liverpool nas penalidades, em 1984.

No entanto, nem só de más lembranças vive o Milan em relação às penalidades. Desde que Shevchenko deixou a equipe, Kaká se tornou o batedor oficial, e converteu os três pênaltis a favor dos italianos na Copa dos Campeões. "Isso é passado. Sempre olho para frente, e agora temos a oportunidade de escrever nosso nome na história do clube", afirmou o meia brasileiro. Na lista de batedores, ainda há Pirlo, Gilardino, Seedorf e Oddo.

Não se pode esquecer também que a equipe milanesa conta com o goleiro Dida, especialista em defender pênaltis que foi considerado o herói do título europeu em 2003, quando três das cobranças pararam em suas mãos.