A Michelin pretende continuar na Fórmula 1 apesar de as equipes que usam seus pneus não terem corrido no Grande Prêmio dos Estados Unidos, domingo, por preocupações com a segurança.
\"Eu realmente não acho que isso afetará o futuro da Michelin na Fórmula 1\", disse o vice-diretor de competição da empresa, Frederic Henry-Biabaud.
A empresa francesa, que fornece pneus para sete das dez equipes da categoria, instruiu suas parceiras a não começarem a prova depois que duas Toyotas bateram nos treinos de sexta-feira devido a falhas repentinas nos pneus.
Somente seis carros, todos com pneus Bridgestone, largaram, em Indianápolis, e o campeão mundial Michael Schumacher venceu a prova com sua Ferrari.
O fiasco prejudicou seriamente a imagem da Fórmula 1, que se apresenta como mostruário de excelência tecnológica.
A Michelin verificou os pneus durante toda a noite após os acidentes de sexta-feira, com testes nos EUA e na França, antes de concluir que não tinham segurança absoluta. Pneus novos levados pela Michelin a partir da França também foram descartados após testes.
\"As investigações ainda não terminaram\", disse Henry-Biabaud. \"Sabemos que há um problema, mas ainda não o identificamos".
A Michelin disse que a corrida poderia ter ocorrido com todos os carros se a FIA aceitasse construir uma curva chicane temporária para diminuir as velocidades e reduzir as forças nos pneus traseiros esquerdos.
\"Ainda é muito cedo para dizer as conseqüências disso, mas nossos parceiros apoiaram e estamos confiantes de que nossa decisão será entendida, principalmente nos EUA, onde a segurança é de grande importância".