Quarta-feira, 26 de novembro de 2025, 04:03

Marcus Costa: “O esporte virou minha missão”

da redação - 25 de nov de 2025 às 14:49 37 Views 0 Comentários
Marcus Costa: “O esporte virou minha missão” Da Redação

Marcus Vinicius da Costa Castor, conhecido como Marcus Costa, natural de Aquidauana, construiu sua carreira no futebol a partir de uma experiência de infância que marcou sua relação com o esporte. “Minha história começou no bairro Aldeia Aldeinha , em Anastácio. Eu morava exatamente em frente ao campo, então o futebol fazia parte da minha rotina todos os dias. Isso despertou em mim uma paixão muito grande pelo esporte. Com o tempo, percebi que queria ir além de jogar: queria ensinar, orientar e transformar vidas através do futebol. Por isso entrei na faculdade de Educação Física”, lembra.

 

Após os primeiros passos na formação acadêmica, Marcus iniciou seu trabalho com crianças e adolescentes na comunidade local, consolidando a paixão pelo ensino e pelo desenvolvimento de jovens atletas. Sua trajetória se fortaleceu ainda mais quando passou a atuar na Associação Atlética Seduc, onde exerce atualmente as funções de treinador e preparador físico.

 

O trabalho com atletas de diferentes idades e níveis de desempenho apresenta desafios específicos. Segundo Marcus, “cada faixa etária tem uma necessidade específica. Com os mais novos, o desafio é manter o entusiasmo, ensinar valores e trabalhar fundamentos básicos. Já com atletas mais velhos, é preciso controlar carga, evitar lesões, ajustar aspectos táticos e entender a maturação física de cada um. Como treinador, eu preciso ter paciência, percepção e sensibilidade para adaptar o treino a cada fase do atleta.”

 

A preparação física é um ponto central no trabalho de Marcus. Ele afirma que ela é “a base de tudo. Um atleta bem condicionado corre mais, pensa mais rápido, recupera melhor e executa a parte técnica com mais precisão. Sem preparo físico adequado, até jogadores talentosos têm dificuldade de manter o nível durante a partida. O desempenho coletivo melhora muito quando cada atleta está no seu auge físico.”

 

Para equilibrar o aspecto físico com a parte técnica e tática do futebol, Marcus adota uma abordagem integrada: “A maioria dos treinos físicos já é feita com bola, simulando situações reais de jogo. Assim, o atleta condiciona o corpo enquanto trabalha tomada de decisão, posicionamento e fundamentos. É um equilíbrio que exige planejamento, observação diária e diálogo constante com os jogadores.”

 

A prevenção de lesões é outro foco do preparador. “Priorizo aquecimento bem feito, alongamentos dinâmicos, fortalecimento muscular e controle de carga semanal. Também faço avaliações constantes para identificar limitações ou desequilíbrios físicos. Trabalhar prevenção é tão importante quanto trabalhar desempenho — e isso evita perder atletas em momentos decisivos”, explica.

 

Marcus também integra nutrição e descanso ao planejamento de treinamento. Ele destaca a importância de cuidar do corpo de forma completa: “Sempre explico aos atletas que treino, alimentação e descanso caminham juntos. Incentivo hidratação correta, refeições equilibradas e sono adequado. Quando o clube pode oferecer acompanhamento nutricional, eu integro diretamente ao planejamento. O atleta que dorme bem e se alimenta corretamente evolui mais rápido e tem menos lesões.”

 

A experiência com atletas que precisam se recuperar de lesões graves exige atenção especial. Marcus detalha o processo: “O processo é delicado, exige paciência e atenção total. Primeiro vem o trabalho de reabilitação, depois o de recondicionamento físico, e só depois a reintegração aos treinos com o grupo. O mais importante é respeitar o tempo do atleta, porque uma volta apressada pode gerar novas lesões.”

 

Ele também observa como a preparação física no futebol mudou ao longo dos anos. “O futebol ficou mais intenso, mais rápido e mais exigente. Antigamente se treinava muito volume; hoje se treina qualidade, intensidade e inteligência. A ciência entrou forte no esporte, e isso mudou totalmente a forma de preparar um atleta. Hoje usamos métodos modernos, cargas controladas e treinos específicos por função”, afirma.

 

Para jovens que desejam seguir carreira no futebol, Marcus tem conselhos claros: “Primeiro: estudem. Segundo: vivam o dia a dia do futebol. E terceiro: tenham paciência e humildade. A carreira é construída passo a passo. Trabalhar com pessoas exige respeito, responsabilidade e visão humana. O esporte muda vidas — mas quem trabalha com ele precisa ter compromisso com isso.”

 

Entre as experiências mais marcantes de sua carreira, Marcus cita a conquista do título em São Carlos, em São Paulo, com a equipe sub-17 do Seduc. “Era a maior competição de base que já participamos, com times como Palmeiras e Red Bull Bragantino. E mesmo assim chegamos fortes e conquistamos o título. Foi especial porque mostrou o quanto nosso trabalho, mesmo vindo do interior, pode alcançar grandes resultados. É uma lembrança que carrego com orgulho”, relembra.

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