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Festival Paralímpico promove inclusão em Campo Grande

da redação - 11 de dez de 2024 às 09:27 103 Views 0 Comentários
Festival Paralímpico promove inclusão em Campo Grande Da Redação

Neste sábado (7), foi realizada a segunda edição do Festival Paralímpico 2024, com o objetivo de promover as modalidades paralímpicas e incentivar a inclusão social através do esporte. O evento ocorreu no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande, pela manhã.

A organização do Festival foi do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), em colaboração com o Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer) e da Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura). A iniciativa é considerada uma das principais ações de inclusão social no país.

O governador Eduardo Riedel esteve presente e destacou o compromisso do governo com as políticas públicas voltadas aos paratletas. “Construímos, no governo como um todo, uma linha de trabalho muito robusta em termos de políticas públicas para paratletas. Trata-se de um trabalho contínuo, consistente e permanente, que transforma vidas. Atletas bolsistas do Governo de Mato Grosso do Sul, atletas de alto rendimento e medalhistas paralímpicos são frutos desse empenho”, afirmou o governador.

O secretário de Estado de Turismo, Esporte e Cultura, Marcelo Miranda, abordou os avanços e desafios do paradesporto no estado. “Estamos muito bem estruturados no paradesporto, mas ainda temos grandes desafios. Precisamos expandir esse trabalho para todas as cidades do estado e para todas as classes sociais, para que o esporte realmente mude a vida das pessoas com deficiência. O esporte promove autonomia, disciplina, saúde e diversas experiências que contribuem para essa transformação tão necessária”, comentou.

Leandro Fonseca, diretor de Excelência e Capacitação Esportiva da Fundesporte, ressaltou a importância do Festival para a conscientização da população sobre o paradesporto. “O Festival Paralímpico é um dia de conhecimento. Apresentamos à comunidade que existe esporte para pessoas com deficiência. Hoje, há experimentações de diversas modalidades. Muitos pais desconhecem que pessoas com deficiência podem praticar atividades esportivas, e este é o momento de levar essa mensagem. Nosso estado tem vocação para o paradesporto. Ficamos em quinto lugar nas Paralimpíadas Escolares Nacionais, tanto em número de participantes quanto de medalhas, o que evidencia um trabalho sólido da base ao alto rendimento. Tivemos seis atletas representando o estado, três deles medalhistas”, destacou.

Amanda Velasco, coordenadora do Centro de Referência Paralímpico de Campo Grande, comentou sobre o impacto do evento no desenvolvimento de vocações esportivas. “O Festival Paralímpico é uma experiência única porque muitas crianças têm seu primeiro contato com o esporte paralímpico aqui. Esse momento pode despertar o desejo de se tornar um atleta ou praticar esporte para saúde e lazer”, explicou Amanda.

Dentre os participantes, estava Gabriel Ferreira Rodrigues, campeão mundial juvenil de judô paralímpico na Alemanha e vice-campeão em competição no Cazaquistão. Ele compartilhou sua experiência para inspirar os jovens sul-mato-grossenses. “Sou um exemplo de como o esporte transforma a vida pessoal, social e familiar. Meu conselho é que as pessoas não desistam, mantenham o foco, porque o esporte faz bem para a mente e para o corpo”, disse Gabriel.

Nilmara Prieto Gimenes, mãe do atleta Alejandro, de 12 anos, relatou as mudanças positivas que o esporte trouxe para a vida do filho, praticante de bocha há três anos. “Depois que o Alejandro começou a praticar bocha, sua vida mudou muito. Ele passou a gostar de esportes, a sair mais de casa e a conviver melhor com os colegas. Antes, ele tinha muito medo; hoje, superou isso. O resultado é excelente para ele”, contou Nilmara.

Cauê Aparecido Moraes Brito, de 15 anos, também compartilhou seu depoimento. Praticante de bocha paralímpica há quatro anos, ele conquistou o primeiro lugar na fase nacional das Paralimpíadas Escolares. “O esporte transformou minha vida, trazendo uma maturidade imensa. As responsabilidades como atleta são grandes e me tornaram uma pessoa mais consciente. O Festival Paralímpico é um marco, um ponto de partida para que outras pessoas conheçam o paradesporto”, afirmou Cauê.

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