São Paulo (SP) - Aos 25 anos, o meia Kaká já é um dos jogadores mais experientes no grupo do técnico Dunga na seleção brasileira de futebol. Artilheiro da equipe no torneio, ele garante que não se sente pressionado quando a torcida pede resultado em campo ao grupo e acha bastante natural que seja ele um dos apontados como líder da equipe.
"Para mim está sendo uma novidade (a artilharia), mas eu não sou atacante", lembra. Nos três jogos que a seleção disputou pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, Kaká marcou três dos seis gols registrados pelo time. "Mas não me sinto sobrecarregado de forma alguma", garante.
Na opinião do astro do Milan, as condições de jogo que têm se apresentado para a equipe acabaram determinando a situação atual. "Nenhum de nós (ele, Ronaldinho Gaúcho e Elano) tem característica de atacante. Mas nós temos nos revezado para encontrar espaços e fazer uma movimentação justa".
Assim como o atacante Vagner Love, Kaká também acredita que os oponentes têm caprichado na marcação sobre o ataque brasileiro. Daí a diferença que tem conseguido fazer com seus chutes de longa distância.
Foi com um deles que ele colocou o Brasil na frente no confronto de domingo contra o Peru. "Os chutes de fora da área estão me ajudando a marcar", reconhece o jogador, que disputa a artilharia do torneio com o argentino Riquelme, que tem 4 gols até o momento.
Considerando sua experiência com a seleção, Kaká não se surpreende com a condição de liderança que lhe atribuem. "Assumo o papel de líder porque considero natural. Mesmo sendo o mais novo, me considero o mais experiente e mesmo não sendo capitão sou um dos líderes. Mas temos muitos líderes".
O meia volta a testar sua liderança frente ao grupo nesta quarta-feira, às 21h45, no Morumbi. O Brasil enfrenta o Uruguai em seu último jogo neste ano pelas Eliminatórias da Copa de 2010.
A seleção brasileira é a atual terceira colocada com 5 pontos. A liderança continental pertence à Argentina com 9 pontos.