A trajetória de André Lucas Gessi Dodero, de 15 anos, é marcada pelo início precoce no esporte e pela busca constante de evolução. Nascido em Campo Grande (MS) em 20 de outubro de 2009, ele começou no judô aos 8 anos, em uma atividade escolar. O interesse logo chamou atenção do então professor, que sugeriu um passo adiante.
"Comecei no judô com 8 anos de idade na escola e fui me destacando no treinamento. O Sensei Clayton Rojas falou com meu pai para intensificar os treinamentos para poder competir", recorda. "O que me motivou foi o gosto pelo treinamento e pela competição e poder evoluir e crescer no esporte."
A primeira experiência competitiva veio em um festival infantil, em que o resultado não foi o esperado. "Ali perdi uma luta e não gostei", diz. A derrota, porém, serviu de combustível. "Fui treinando e participando de competições e passei a me destacar com ótimos resultados."
Hoje, André integra o Judô Clube Rocha, onde recebe o suporte técnico e humano que considera fundamental para seu desenvolvimento. "Sou muito grato aos Senseis Clayton, Diogo, Thales e todos os Senseis, e também aos meus colegas e amigos judocas que treinam comigo lá e fazem parte desta trajetória."
A primeira conquista nacional veio cedo, aos 11 anos, com a medalha de bronze nos Jogos Escolares Brasileiros. "Lutei com atletas de até 14 anos de idade. Foi a primeira conquista nacional", relembra. De lá para cá, colecionou títulos importantes, como Campeão Pan-Americano Sub-15, Campeão dos Jogos Escolares Mundiais, Campeão do Meeting Nacional Cadete e vice-campeão da etapa europeia na Polônia.
A rotina de treinos é intensa. "Treino judô todos os dias e tenho uma preparação física específica, além de sessões de fisioterapia, psicológica e treinos de natação", explica. Conciliar o esporte com os estudos é um desafio, mas ele destaca o apoio recebido. "Conto com o apoio da minha família e a parceria da escola que me ajuda no que preciso."
No tatame e fora dele, André carrega referências importantes. Entre as inspirações, cita dois nomes de peso: Daniel Cargnin, medalhista olímpico brasileiro, e o japonês Hifumi Abe, bicampeão mundial.
Ele também leva consigo valores que considera indispensáveis. "Aprendi e desenvolvi com o judô princípios e valores que fazem parte da minha vida como um todo. São eles disciplina, foco, resiliência, humildade, respeito ao próximo, lealdade, honestidade, coragem."
Lesões e derrotas já cruzaram seu caminho, mas nunca a vontade de desistir. "Já enfrentei muitos obstáculos e desafios ao longo da jornada, principalmente lesões e derrotas importantes. Já são 4 anos competindo no mais alto nível do judô na minha categoria. Não pensei em desistir e sim treinar e recuperar para evoluir e poder estar nas competições mais importantes do mundo."
O próximo passo está próximo: neste mês, ele disputa o Mundial Cadete, representando a seleção brasileira. "Meu objetivo é estar sempre entre os melhores atletas de judô na minha categoria. Pretendo agora fazer uma ótima competição no Mundial Cadete e representar bem a seleção brasileira, com as bênçãos de Deus, apoio e carinho da família e amigos, e contar com a torcida de todos de Mato Grosso do Sul."
André reconhece que o caminho até aqui não foi solitário. "Sou muito agradecido a todo o meu time de judô. São muitos parceiros neste processo para chegar até aqui. Não conseguiria sozinho e isto me faz mais consciente e mais forte para buscar o meu melhor resultado."
Para ele, o esporte e a vida se cruzam em um ponto comum: a superação. "A vida é um exercício de superação. Rogo a Deus que nos conceda sempre força, alegria e fé", conclui.