A proximidade do marcador mantém a confiança brasileira, que promete entrar ainda mais alerta para seguir na competição. "Temos que fazer com que passem mais a responsabilidade para as outras jogadoras", alerta a pivô Alessandra, uma das jogadoras mais fundamentais na campanha nacional até o momento. No primeiro encontro, a ala Penny Taylor foi o destaque australiano em quadra, marcando 27 pontos.
"Ela não fez mais nenhum jogo tão bom quanto aquele", ressalta o técnico Antonio Carlos Barbosa, para quem o Brasil precisa continuar em ascensão para não ser surpreendido novamente. "O que foi feito até aqui não é para se conformar. Queremos o título e temos que exercitar o espírito vencedor diariamente".
A ala Iziane ressalta que o grupo não pode se deixar pressionar nem se preocupar contra quem está jogando. "Temos que jogar contra quem quer que seja com a mesma vontade. Não podemos escolher quem vamos enfrentar, temos é que estar preparadas".
Adversárias recorrentes nas competições internacionais, as australianas são velhas conhecidas do time brasileiro. "A gente conhece todas as jogadoras e sabemos que temos de melhorar porque o próximo jogo vai ser de vida ou morte", alerta a pivô Cíntia.
Érika, sua companheira na posição e que vem crescendo de produção a cada partida, pede muita determinação do grupo. "Espero que possamos entrar bem de novo e decididas", diz, referindo-se à apresentação nacional contra a República Tcheca, nesta quarta, quando as brasileiras sufocaram as adversárias na pressão.
As australianas concordam que a vitória na fase anterior não significa mais nada para os projetos da equipe. "O Brasil é um adversário difícil e este será um jogo duro como qualquer outro de semifinal", lembra a técnica Jan Stirling. A armadora Kristi Harrower destaca que a situação atual muda a história para o confronto. "Será um jogo completamente diferente", diz, avisando que as brasileiras precisarão se esforçar muito para vencer. "Esperamos fazer uma grande defesa como foi no jogo anterior contra o Brasil".
Atenta à possibilidade de o grupo da casa fechar forças para segurar as principais responsáveis pela vitória australiana anterior (Taylor e Jackson), Stirling espera contar com pelo menos quatro ou cinco de suas atletas pontuando dobrado na semi. O vencedor deste jogo encara a seleção classificada do duelo entre Rússia e Estados Unidos, que se enfrentam a partir das 19h45, também no Ibirapuera.
A rodada tem ainda mais dois jogos, estes em Barueri (SP), válidos pelas colocações de 9ª a 12ª. Às 17h30, o Canadá enfrenta a Argentina pelo nono lugar. Na seqüência, a partir das 19h45, jogam China e Cuba para ver quem fica em 11º.