Rio de Janeiro (RJ) - Palco das disputas do vôlei nos Jogos Pan-americanos, o ginásio do Maracanãzinho foi reinaugurado neste sábado com vitória da seleção feminina adulta. Fazendo o terceiro de uma série de quatro jogos contra a Sérvia, o time nacional venceu por 3 sets a 1, parciais de 25/12, 25/15, 26/28 e 25/17.
Foi a primeira vez na série de amistosos que as comandadas de José Roberto Guimarães perderam um set para a Sérvia, que conseguiu a medalha de bronze no último Campeonato Mundial. Na ocasião, as brasileiras, que eliminaram as rivais deste sábado na semi, foram vice-campeãs depois de perder a final para a Rússia.
Em fase de treinamento para o Pan, Zé Roberto deixa cada vez mais claro a equipe titular que vai tentar ganhar o ouro que não vem desde Winnipeg-1999. O treinador repetiu a formação dos dois jogos anteriores, com a levantadora Fofão, as centrais Fabiana e Walewska, as ponteiras Paula Pequeno e Jaqueline, a oposto Mari e a líbero Fabi.
De olho nas dificuldades no Pan, especialmente contra Cuba, Zé Roberto declarou durante a semana que queria jogos mais complicados contra as rivais, para observar como as suas atletas reagiam sob pressão. Quando parecia mais um jogo fácil para as brasileiras, o treinador teve o seu "pedido" atendido no terceiro set, quando Sheilla e Érika entraram em quadra e a seleção nacional cometeu muitos erros e não mostrou um bom desempenho no bloqueio.
Outro problema aconteceu mesmo na parte de fora do ginásio. Por conta da revista de cada um dos torcedores, que não podiam entrar com garrafas de qualquer tipo, ainda havia pessoas entrando no Maracanãzinho com a partida já iniciada. Vale lembrar que o mesmo cuidado com a segurança se repetirá durante o Pan. Por isso, os torcedores devem evitar chegar muito em cima da hora no ginásio nos jogos da competição.
As duas equipes voltam a se enfrentar neste domingo, a partir das 12h30, novamente no Maracanãzinho. A estréia do Brasil no Pan no dia 14 de julho, diante da seleção do Peru. Ainda na primeira fase, a equipe encara a República Dominicana (dia 15) e o México (dia 16).
O jogo - No primeiro set, o Brasil logo conseguiu 5 a 2 no placar. Contando com uma boa atuação de suas centrais, a equipe se destacava no bloqueio, que era facilitado pelos passes quebrados que dificultavam o trabalho da levantadora rival. Desta forma, o placar caminhou fácil para um 25 a 12.
O "passeio" verde-amarelo continuou na segunda etapa. Com a mesma formação que iniciou a partida, a seleção brasileira seguiu muito superior em quadra. Capitã da equipe, Fofão distribuía as bolas muito bem para as atacantes, tirando o bloqueio europeu da disputa em uma série de lances. Os erros da Sérvia prosseguiram e em um ataque para fora das rivais, o Brasil fechou a segunda etapa em 25/15.
Na terceira etapa, Zé Roberto promoveu a entrada de Sheilla e Érika, respectivamente nos lugares de Mari e Jaqueline. A sérvias então conseguiram equilibrar um pouco a partida, indo para o primeiro tempo técnico com 8 a 7 no placar. A diferença chegou a 12 a 10, mas as brasileiras logo reagiram e viraram.
Quando tudo parecia voltar à tranquilidade, o Brasil cometeu uma série de erros e, após Walewska ser bloqueada em uma tentativa de \"china\", a Sérvia fez 16 a 15. Mesmo com dificuldades, as brasileiras promoveram uma nova virada e fizeram 22 a 20 no placar.
As européias novamente se recuperaram e chegaram a 23 a 23. Zé Roberto pediu tempo para tranquilizar a equipe. Na volta, Sheilla soltou o braço e provocou o primeiro match point da partida. O treinador então colocou Carol Albuquerque e Regiane, que não está convocada para o Pan, para aumentar o tamanho da rede. A estratégia, porém, não deu certo e a Sérvia fez 24 a 24.
As duas saíram de quadra e, com dois erros brasileiros seguidos, a sérvias fizeram 26 a 25. A oposto Sheilla conseguiu uma bela largadinha e empatou de novo. As rivais, porém, não desperdiçaram mais uma chance e fecharam a etapa em 28 a 26.
Empolgadas com a vitória, as sérvias abriram 2 a 0 no quarto set. Jaqueline e Mari voltaram à quadra e o Brasil apresentou visível melhora, conseguindo 8 a 5 no placar. A vantagem foi aumentando pouco a pouco e chegou a ser de 12 a 7, chegando mais tarde a 20 a 13 em um ataque de Jaqueline. Com tamanha vantagem, o Brasil caminhou tranquilo para encerrar a partida com um ataque pelo meio de Fabiana, maior pontuadora do jogo com 19 acertos.