Atuais campeã européias, as tchecas não chegaram a ameaçar seriamente a situação do Brasil no jogo. Ainda no terceiro quarto, o time da casa já tinha 20 pontos de vantagem. Iziane foi a cestinha com pontos 23, Janeth contribuiu com outros 15. O destaque tcheco foi Machová com 10 pontos.
Apesar de ainda não estar lotado, o Ibirapuera recebeu um bom público que tratou de pressionar as adversárias em cada posse de bola. A festa teria sido perfeita, não fossem os problemas com goteiras que começaram no jogo entre Rússia e Espanha e ainda persistiram em parte do confronto brasileiro.
O jogo - A seleção começou motivada no início da partida e abriu quatro pontos de diferença nos quatro primeiros minutos (10 a 6) com o empenho da dupla Iziane e Alessandra. As tchecas tentavam evitar a disparada conseguiram diminuir a diferença para dois pontos, apesar da cesta de três de Helen (13 a 11). As européias buscavam a dianteira, arriscando arremessos de longa distância, que não caíam. Enquanto isso, as brasileiras investiam nas infiltrações e levavam vantagem.
Apesar da situação, as brasileiras passaram a errar no final do período. Perderam dois ataques seguidos e viram as tchecas se aproximarem até chegarem ao empate em 19 no encerramento da etapa. Apesar da diminuição da intensidade da chuva do lado de fora, ocasionalmente a quadra ainda precisava ser seca para evitar risco às jogadoras.
As tchecas apertaram a marcação no segundo quarto, forçando o Brasil a abrir seu jogo. Apesar da mudança, o time da casa ainda se impunha e dificultava as tentativas de ataque adversárias. Em duas oportunidades, as européias arriscaram o arremesso que nem deu aro. As tchecas ainda erraram em dois ataques seguidos que terminaram em contra-ataque rápido com Iziane convertendo para que o Brasil tivesse 33 a 19 com 6min36 por jogar.
Mais confiante da situação de seu pé, Érika entrou determinada. Brigando embaixo do garrafão, ela não apenas garantia o rebote em cima da grandalhona Viteckova, mas também ia garantindo seus pontinhos: seis em cinco minutos jogados. A República Tcheca só conseguiu mexer no marcador com uma cobrança de lance livre, depois de sofrer 14 pontos seguidos.
Com pouco menos de metade do segundo período por jogar, Iziane já acumulava 14 pontos e era a única em quadra nas duas equipes com dois dígitos de pontuação. A torcida vaiava a cada posse adversária e as tchecas se atrapalhavam nos ataques, que investiam mais na velocidade que na coordenação. O Brasil ainda perdeu alguns ataques, mas conseguiu fechar em 46 a 28. Janeth sofreu falta em tentativa de três a 0s2 e converteu todos
Barbosa recolocou as titulares em quadra para o segundo tempo. Em seis minutos jogados, o placar já apontava 53 a 35. O Brasil colocou 20 pontos de vantagem depois de novo erro no ataque tcheco. Janeth aproveitou a bobeada, ficou com a bola e marcou (57 a 37). As atuais campeãs européias falhavam no básico, perdiam posses, andavam, erravam arremessos e as donas da casa iam capitalizando suas dificuldades, apesar de ainda desperdiçarem alguns lances livres, mas fecharm o terceiro quarto em 62 a 40.
As tchecas tentavam pressionar as saídas de bola, mas apesar do empenho obtinham pouco sucesso. O mais perto que conseguiram se aproximar do Brasil na parcial foram 19 pontos (64 a 45). Além de eficiente no ataque, as brasileiras ainda levavam vantagem nas segundas chances com Érika e Alessandra, depois Cíntia, se impondo dentro do garrafão para que a distância subisse aos 24 pontos (69 a 45 e depois 71 a 47) com pouco mais de 3 minutos por jogar.
Com a situação praticamente definida no marcador, Barbosa pôde colocar todas as jogadoras que ainda não tinham atuado na partida em quadra. Com a entrada de Silvinha, Kelly e Karen, a única titular que terminou o jogo foi Êga.
Ficha do jogo:Brasil - Helen, Iziane, Janeth, Êga, Alessandra. Depois: Érika, Adrianinha, Micaela, Cíntia, Kelly, Silvinha
República Tcheca - Vesela, Machova, Pavlickova, Kulishova, Viteckova. Depois: Vecerova, Mokrosova, Klimesova