Apesar de já ter \"ouvido um recado\" de Jenson Button, que será seu companheiro de equipe na BAR-Honda na temporada 2006 da F-1, o brasileiro Rubens Barrichello disse acreditar que não verá uma reedição da dupla que formou com Michael Schumacher na Ferrari, em que o alemão foi amplamente beneficiado.
\"Seria pensar pequeno acreditar eles [da BAR] vão trabalhar em cima disso [fazer de Button o primeiro piloto]. Não acredito que depois de seis anos com esse tipo de convivência [com Schumacher, na Ferrari], a coisa vai continuar indo por este lado\", disse Rubinho nesta quarta-feira, em entrevista à TV Globo.
A BAR anunciou oficialmente nesta quarta que Button será o companheiro de Barrichello. Para segurar o piloto, que tinha contrato com a Williams para o próximo Mundial, a escuderia teve que desembolsar pelo menos R$ 40 milhões --a imprensa britânica especula que o valor poderia chegar até ao dobro disso.
Antes mesmo do anúncio oficial, Button já havia dito à Folha que o brasileiro terá vida dura no ano que vem e que ele pretende fazer valer seus três Mundiais disputados como principal piloto da equipe inglesa.
\"Já estou aqui há três temporadas, ajudei no crescimento da equipe e conheço todos muito bem. Os engenheiros, os mecânicos... É uma família. E no ano que vem, com o ótimo trabalho que a Honda vem fazendo nos motores V8, será a hora de eu colher resultados\", afirmou.
\"Rubens chegará e encontrará tudo novo. Vai ter que se enquadrar no esquema da equipe, mas não acho que isso será um problema. Ele é um piloto experiente e já passou por isso antes\", declarou.
O inglês, no entanto, foi diplomático quanto a dizer quem será o primeiro piloto. \"Aqui não temos essas coisas. Os equipamentos são iguais.\"
O discurso da Ferrari também nunca previu que Barrichello seria segundo piloto. No entanto o brasileiro teve que acatar diversas ordens da equipe, inclusive de deixar o companheiro ultrapassá-lo na pista e de ceder seu equipamento ao alemão.