Curitiba (PR) - O atacante sul-mato-grossense Keirrison poderia ter sido poupado, neste domingo, na vitória do Coritiba por 2 a 0, sobre o Iguaçu. O jogador, porém, confessou que pediu ao técnico Dorival Júnior para ser escalado, pois pretendia encostar na artilharia, até então liderada por Marcelo Ramos do Atlético-PR, com dez gols.
A insistência do centroavante deu resultado. Com os dois gols que marcou neste domingo, ele igualou-se ao artilheiro atleticano e deixou a disputa em aberto na segunda fase.
"Foi meu pensamento de jogar, porque muita gente queria estar no meu lugar, querendo jogar. Então eu não queria ficar de fora. Tinha esta oportunidade de brigar pela artilharia, então, optei de entrar e graças a Deus fiz estes dois gols, para conseguir um objetivo meu, que era alcançar o Marcelo Ramos", disse.
Depois de um início de campeonato irregular, a revelação do Coxa retomou a boa fase e disparou na artilharia. Sete dos dez gols foram marcados, em seqüência, nos últimos cinco jogos, contra Engenheiro Beltrão (1), Toledo (2), Cascavel (1) e Londrina (1) e Iguaçu (2). Se forem computados também os dois feitos contra a Tuna Luso, pela Copa do Brasil, foram nove gols, em seis jogos seguidos.
Tentando mostrar humildade, Keirrison garante que, antes de obter marcas pessoais, pensa na equipe. "O primeiro pensamento é na equipe. Este é ponto principal de todos os jogadores que estão no Coritiba. Ajudar um ao outro. Por isso é que a gente conseguiu esta segunda colocação", afirmou.
Falando sobre a segunda fase do Paranaense, que começa na quarta-feira, diante do Adap Galo, em Maringá, o atacante diz que espera jogos bem mais difíceis.
"Vão ser jogos difíceis, complicados. As equipes já vêm de vários jogos e acabaram pegando entrosamento. Vai ser mais difícil que a primeira fase, porque agora as equipes vão procurar sempre vencer, para chegar na semi e na final", analisou o atacante, que é natural de Dourados (MS).