As quatro primeiras provas da temporada, que tiveram uma balada de procissão em quase 100% de suas voltas, serviram como premissas maiores e menores. Sem a chuva para dar uma chacoalhada, Mônaco representou a tese da prova sem ultrapassagens e definida, como se esperava, na classificação. Assim, Fernando Alonso (primeiro no grid), Lewis Hamilton (segundo) e Felipe Massa (terceiro), foram ao pódio nesta ordem sem nenhum susto. Mais: Giancarlo Fisichella, quarto na largada, nesta posição também chegou.
A corrida durou 1h40. Cem minutos. Sem emoções. Duas batidas, uma de Vitantonio Liuzzi, outra de Adrian Sutil, no mesmo ponto, a gloriosa curva Massenet. Outros dois abandonos, de Mark Webber e de Christijan Albers. E os demais 18 dando voltas, voltas e mais voltas com posição praticamente fixa.
A largada em Monte Carlo foi limpa e não teve mudanças, como se observou, entre os primeiros. Apenas Rubens Barrichello se destacou, pulando de nono para sétimo. Parecia, até, que o brasileiro faria a Honda finalmente deixar o limbo na pontuação e partiria para superar a Super Aguri, sua subsidiária. Mas as estratégias de parada, dele e os demais, acabaram-no derrubando para décimo. Jenson Button, o companheiro, seguiu estratagema semelhante, duas idas aos pits, e terminou na seqüência.
Ambos chegaram atrás da Toro Rosso de Scott Speed. É o fim dos tempos para a Honda. É bom a equipe também começar a cuidar do apocalipse.
As BMW, com Robert Kubica à frente de Nick Heidfeld, foram quinta e sexta colocadas. Sétimo lugar para Alexander Wurz, que visitou os pits apenas uma vez, e Kimi Raikkonen ainda conseguiu o pontinho destinado ao oitavo posto.
Os resultados voltaram a igualar Alonso e Hamilton na classificação geral, com 38 pontos. Vantagem para o espanhol, que tem dois triunfos. O inglês completa seu quinto pódio sem vitória alguma. Massa tem 33.
Nada mais a declarar. Foi assim: chato e sonolento. Bastante.