Campo Grande (MS) - Geralmente praticado durante o dia (e debaixo de sol quente), o vôlei de areia foi o "elo de ligação" entre o sábado e domingo durante o projeto 36 Horas de Esporte, realizado neste final de semana (27 e 28), em Campo Grande. Com disputas durante a madrugada, alguns atletas estranharam o clima, mas não deixaram a peteca cair.
"É mais cansativo. Parece que nosso corpo está mais relaxado. Esse tipo de torneio existe muito nos Estados Unidos, para testarem a resistência do atleta, mas o torneio foi ótimo", aponta a jogadora Renata Capriata, que ao lado das parceiras Danny, Letícia, Rose e Lilian, foram campeões nas disputas, realizadas na Praça Esportiva Elias Gadia.
Outro que sentiu a diferença foi o experiente Maurício Dantas, de 32 anos, que no ano passado conquistou a medalha de prata no Sul-Americano, disputado no Peru. "Não é habitual. É uma novidade pra todo mundo. Até dormi a tarde e descansei bastante durante o dia para não sentir de madrugada", conta o atleta.
Para ele, o horário do jogo 'pesa' na parte física dos atletas. "Dá uma diferença. O corpo não está habituado, pois geralmente estamos dormindo neste horário. É um jogo mais lento pra todo mundo", afirma. "Na parte técnica, não dificulta muito, mas na parte física, sim", acrescenta.
Gustavo de Matos, de 26 anos, foi outro que passou a madrugada em claro. Ele afirma que "o condicionamento físico do atleta diminui um pouco", mas procura ver o lado bom. "A noite é mais tranquilo. Não exige tanto quanto durante o dia", aponta o jogador, que faz dupla com seu xará Gustavo.