Vela | Redação Webventure | 21/02/2006 11h34

Mesmo com uma vela a menos, Brasil 1 assume 2º lugar na Volvo

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Na última noite os veleiros fizeram uma nova opção de rota, o que mudou a classificação da quarta perna da Volvo. O ABN Amro 2 passou da segunda colocação para a liderança e o Brasil 1, mesmo com uma vela a menos, conseguiu o segundo lugar na flotilha. A opção de ter seguido mais ao norte no início da perna começa a mostrar resultados.

Líder até ontem, o ABN Amro 1 optou por uma rota mais ao sul de toda a flotilha, apostando em mais vento. Até o momento, porém, o veleiro holandês segue na quinta colocação, na frente apenas do Movistar. Os espanhóis largaram de Wellington com duas horas de diferença para os concorrentes, por causa de uma punição, mas velejaram bem e conseguiram alcançar a flotilha. Estão agora com 37 milhas de diferença para o ABN Amro 2.

O Ericsson segue na terceira colocação, 20 milhas atrás do líder. O veleiro sueco tem 25 milhas de vantagem para o Piratas do Caribe, que está na quarta colocação. A flotilha está em uma região de ventos fortes, com cerca de 23 nós, e que provavelmente vai aumentar. A direção, porém, muda constantemente, o que traz trabalho contínuo no convés dos VO70.

Diários - No Brasil 1, a parte da tripulação que não se preocupa em colocar o barco no rumo trabalha sem parar para consertar a genoa que rasgou no primeiro dia da perna. "Não é uma tarefa simples aqui no meu pequeno canto na cabine, mas parece que todos os pedaços estão sendo colocados no lugar certo", contou Suart Wilson, responsável pela regulagem das velas.

No ABN Amro 1, o assunto foi a passagem pela última linha de fuso horário, que atrasa um dia no relógio dos tripulantes. "Aqui, hoje é ontem", comentou o comandante Mike Sanderson.

Ele também falou sobre a troca de posições. "Quando olhamos por trás do ombros para ver o que está acontecendo, vimos que era preciso defender a posição. Com a aproximação de uma frente tropical de baixa pressão, tomamos a decisão de passar por baixo dela, o que pode nos custar posições na flotilha agora, mas com seis mil milhas pela frente, poderá se mostrar melhor no final", disse Sanderson.

O Piratas do Caribe segue na mesma opinião, praticamente lado a lado com o ABN 1. "Mesmo com a previsão nos mandando ficar mais ao sul, a maior parte da flotilha está subindo em direção ao Ice Gate, tentando contornar o sistema de alta pressão. O problema disso é que o vento pode acabar do nada, o que custará muito para eles", comentou Paul Cayard. "Por isso estamos mais ao sul, mesmo não parecendo inteligente agora. Mantemos um ângulo mais baixo para preservar nossa posição enquanto contornamos o sistema", explicou o comandante.

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