Vela | Divulgação/www.uol.com.br | 14/02/2006 12h02

Brasil 1 ultrapassa ABN Amro 2 e assume o 4º lugar na Volvo Ocean

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Os veleiros se aproximaram na terceira perna da Volvo Ocean Race e as duas mudanças significantes dessa madrugada foram a ultrapassagem do Brasil 1 sobre o ABN Amro 2 e a vantagem que o ABN Amro 1 abriu na liderança da flotilha.

A flotilha veleja mais ao norte da rota, posição onde o Brasil 1 já estava ontem, o que rendeu a quarta colocação ao veleiro brasileiro. Agora o ABN Amro 2 segue a 5 milhas náuticas atrás. O ABN Amro 1 conseguiu ampliar a liderança para 29 milhas em relação ao Movistar. Faltam 471 milhas náuticas para a chegada do líder em Wellington, o que deve acontecer amanhã.

As ondas gigantes continuam dificultado a vida dos velejadores, mas o vento aumentou. Os primeiros colocados estão com 26 nós de vento e a outra metade da flotilha encontra rajadas abaixo de 23. O comandante Neal McDonald, do Ericsson, explica essa diferença. "Estamos fora da frente fria, velejando com boas condições, um tempo bom e ondas grandes. Porém os veleiros na nossa frente seguem voando para Wellington. Não temos o que fazer", lamentou o comandante último colocado.

Os tripulantes do Brasil 1 também sofreram ontem com as ondas grandes. Andy Meiklejohn foi jogado contra um poste lateral e Torben Grael foi levado do timão por uma onda. Apenas o comandante se feriu, uma luxação no dedão da mão direita. João Signorini, o médico abordo, enfaixou a mão de Grael.

Comemoração - Mesmo longe de casa, da família e em condições extremas, os velejadores da Volvo Ocean Race se esforçam para tornar a vida o mais normal possível. Hoje americanos e europeus comemoram o dia de São Valetim, que se assemelha ao dia dos namorados no Brasil.

Entre os veleiros, porém o sentimento de competitividade não aliviou. "Depois de velejar por várias horas lado a lado com o veleiro preto [ABN Amro 1], ele escapou quando o vento diminuiu. Eles têm uma vela melhor para o ângulo que estamos velejando agora. Tivemos que optar por não trocar a vela até o vento aumentar, mas algumas horas atrás conseguimos fazer a mudança e estamos na caça", comentou o comandante Bouwe Bwkking, do Movistar.

Paul Cayard, do Piratas do Caribe, também teve que fazer sua escolha durante a noite. "O vento está mais a oeste do que esperávamos e tivemos que manobrar para subir um pouco. Isso nos afasta do Movistar, mas é o melhor a fazer pensando na flotilha inteira", disse o comandante que ocupa a terceira colocação.

Cayard também explicou a dificuldade da manobra. "Dar um gybe e mudar de direção em um vento de 30 nós com esses veleiros não é fácil. Envolve mover 1,5 tonelada de vela, comida e peso de um lado para outro do barco", disse.


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