Rodeio | Da redação/com Campo Grande News | 26/03/2014 14h04

Rodeio vira esporte oficial de MS, mas decisão causa euforia e revolta

Compartilhe:

Campo Grande (MS) - Desde de quarta-feira (25), o rodeio é o esporte oficial de Mato Grosso do Sul. A decisão causou euforia entre os profissionais do setor, que comemoraram a sanção da lei pelo governador André Puccinelli (PMDB). Por outro lado, a medida causou a revolta dos defensores dos direitos animais.

No texto aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado, o artigo que especifica o esporte tem apenas duas linhas e afirma que eventos de rodeio e rodeio universitário passaram para a categoria de esportes oficiais, a lei entrou em vigor ontem.

Profissionais do ramo e, principalmente, aqueles que promovem os eventos como Ederlei Ortiz, 36 anos, um dos proprietários da Companhia Ortiz de Rodeio que existe há 18 anos, comemoraram a decisão.

“Muda muito para a gente, é uma situação que nós já esperávamos há muito tempo porque tem muita gente que ainda vê o rodeio como sofrimento para os animais, mas isso mudou”, afirma.

Ortiz conta que a mesma lei sancionada em Mato Grosso do Sul já foi aprovada em outros estados como Minas Gerais e Paraná. Para a companhia que faz em média 25 eventos ao ano em várias cidades do Estado, a lei pode atrair mais público para as arenas.

“Nosso público vem aumentando muito nos últimos anos e agora pode atrair mais gente ainda. As pessoas já viram que o rodeio é um lugar família e não tem briga como em estádios de futebol”, completa.

Sobre o cuidado dos animais, o criador afirma que nos últimos anos o bem estar dos bois e cavalos é bastante cobrado. Segundo ele, médicos veterinários acompanham os rodeios do início ao fim e qualquer alteração no animal impede o bicho de participar do rodeio.

Contra – Alvos de campanhas em todo o país, os rodeios são vistos como locais de crimes e maus-tratos contra os animais. A representante regional do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, Maria Lúcia Metello, explica que a decisão do Estado é contrária ao que vem ocorrendo em outras regiões do país.

“Está na contramão porque em outros locais eles regulamentam a não realização dos eventos. Nós sabemos e é comprovado que os animais sofrem durante os rodeios e não existem os devidos cuidados”, afirma.

VEJA MAIS
Compartilhe:

PARCEIROS