Pan-americano | UOL | 22/07/2007 16h36

Érika Miranda ficou com a prata depois de decisão polêmica

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Rio de Janeiro (RJ) - A mineira Érika Miranda ficou com a medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos 2007. A judoca da categoria até 52 kg foi derrotada pela cubana Sheila Espinosa, campeã da Super Copa do Mundo de Paris.

Na luta, os ataques de Érika prevaleceram, enquanto a cubana usava a força para se defender. A cubana até derrubou Érika, mas as duas judocas estavam fora da área de combate e nada foi pontuado. O combate prosseguiu sem nenhuma pontuação e foi necessário recorrer ao tempo extra (Golden Score).

Nos cinco minutos extras, a brasileira quase conseguiu um yuko, mas, mais uma vez, a arbitragem não se manifestou. Porém, a pouco mais de um minuto para o final da luta, o árbitro puniu a brasileira, dando vitória à cubana.

Com o resultado final, a torcida que compareceu ao estádio não se conteve e começou a gritar. A técnica Rose também não se conteve e, em entrevista à Rede Globo criticou o juiz: "Ele não precisava ter feito isso. Foi uma palhaçada". Já a judoca Érika se limitou a sair, chorando muito.

Nas semifinais, Ékira conseguiu superar a dominicana Maria García por ippon. A luta foi nervosa, com punições para as duas judocas e Erika só chegou ao golpe decisivo a pouco mais de dois minutos do final.

Na sua estréia, a brasileira tinha vencido a canadense Aminata Sall. Érika venceu por ippon a um segundo do final, em uma luta que dominou. No começo, um erro dos juízes quase prejudicou a brasileira, quando um ponto de Érika foi marcado para a canadense.

Nos confrontos que decidiram as medalhistas de bronze a venezuelana Flor Velasquez venceu Adriana Negrete, do México, e a dominicana Maria García superou a argentina Melissa Rodriguez.

Confusão no final - Assim que a delegação cubana se retirava, integrantes da tribuna de honra, onde estava o tricampeão olímpico Teófilo Stevenson, começaram a provocar os brasileiros. Um brasileiro não se conteve e partiu para a briga. Depois disso Aurélio Miguel, que fazia comentários para um canal de televisão foi tentar separar a briga. Segundo ele assim que os cubanos o reconheceram partiram para cima

A partir de daí a confusão ficou generalizada e a Guarda Nacional teve que entrar em cena. Aurélio Miguel, muito nervoso, afirmou: "Eles estão loucos. Um deles pulou aqui e eu joguei ele pra baixo. Eles estão loucos".

Com o andamento da confusão e a entrada da Guarda Nacional os próximos confrontos foram suspensos. Os atletas brasileiros, que já haviam lutado entraram na área de competição e assumiram o microfone, pedindo calma para o público. A medalhista Danielle Zangrando foi uma delas: "O judô é o caminho da suavidade e o espírito nao é esse. Vamos dar uma Força. o Joãoo ainda não lutou, vamos cooperar. Os atletas não tem nada a ver com isso".

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