Brasil encerra jejum de 24 anos no vôlei e conquista o ouro
Rio de Janeiro (RJ) - A geração brasileira do vôlei masculino comandada pelo técnico Bernardinho quebrou mais uma escrita. Após 24 anos, a seleção finalmente ganhou a medalha de ouro da modalidade nos Jogos Pan-americanos ao vencer na noite deste sábado os Estados Unidos por 3 sets a 0, parciais de 25/16, 25/20 e 25/22.
Além disso, os brasileiros completam um ciclo de conquistas internacionais na década. Entre diversos títulos, destaque para os troféus da Liga Mundial (seis vezes), Campeonato Mundial (2002 e 2006) e Jogos Olímpicos (Atenas-2004).
O Brasil ainda encerra o Pan-americano com 100% de aproveitamento. Venceu Canadá, Cuba e México na primeira na fase. Na semifinal, passou com tranqüilidade pela Venezuela, antes da vitória na decisão sobre os Estados Unidos.
Logo na primeira jogada, o Brasil quis mostrar quem comandava as ações em quadra ao marcar um ponto de saque com Giba. Só que os norte-americanos não se intimidaram com a torcida e abriram vantagem no primeiro set (8 a 5).
Experientes, os campeões olímpicos continuaram tranqüilos em quadra e viraram o marcador com uma série impressionante de bloqueios. No contra-ataque definido por Dante, o Brasil já liderava com folga o placar no segundo tempo técnico: 16 a 11.
Intimidados com o paredão montado pelos donos da casa, os Estados Unidos passaram a encontrar dificuldades em concretizar seus ataques. Por isso, o Brasil fechou rapidamente o set inicial: 25 a 16.
No início da segunda parcial, o líbero norte-americano Richard Lambourne levou um verdadeiro bombardeio dos brasileiros, inclusive uma bolada no rosto do meio Gustavo, que o deixou tonto por alguns instantes.
No entanto, os outros jogadores dos Estados Unidos pareciam ainda mais perdidos e cometiam uma seqüência de erros bobos. Focado, o Brasil continuou forçando muito o saque e aproveitou a brecha do adversário para fechar o set em 25 a 20.
Relaxado, o time brasileiro se manteve perfeito em todos os fundamentos no terceiro set, sem dar chance de reação ao adversário. Com 10 a 5 contra, o técnico norte-americano, Ronald Larsen, pediu tempo como última tentativa de virar o panorama em quadra. A ordem era forçar ao máximo o saque.
A tática trouxe resultados. Os Estados Unidos conseguiram diminuir a vantagem para dois pontos. Mas o dia era brasileiro, que, na seqüência, definiu o jogo em 25 a 22, para delírio do público no Maracanãzinho.
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