Atletas e técnicos compartilham experiências das seletivas dos Jogos Escolares
A segunda etapa dos Jogos Escolares da Juventude de Mato Grosso do Sul teve início no dia 1º de agosto, em Campo Grande, reunindo mais de 3.500 estudantes-atletas na faixa etária de 15 a 17 anos. Este ano, o evento cresce ainda mais, com a participação de representantes de 55 municípios, um aumento expressivo em relação ao ano anterior, que contou com 2.939 atletas.
Organizados pelo Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura) e da Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer), os Jogos Escolares são divididos em quatro blocos de modalidades e promovem a prática esportiva entre jovens, garantindo a classificação dos melhores para a etapa nacional, os Jogos da Juventude, organizados pelo COB (Comitê Olímpico do Brasil), que este ano ocorrerão entre 13 e 28 de novembro, em João Pessoa (PB).
Chegar até aqui, porém, exigiu esforço significativo dos municípios participantes, que organizaram seletivas locais para escolher os melhores times e atletas. Em Anastácio, por exemplo, as seletivas ocorreram nos Jogos Campeã, conforme explicou o técnico da equipe de futsal masculina, Flávio Mendes. Ele conta que a Escola Estadual Roberto Scaff se sagrou campeã, permitindo que ele formasse a seleção da cidade. “Foi uma competição acirrada, com muitos talentos no futsal. Estamos no segundo ano na primeira divisão e, depois de um vice-campeonato em 2022 e um terceiro lugar no ano passado, a expectativa é de melhorar ou manter nossa posição”.
Com 17 anos, o atleta Kaík Miranda, também de Anastácio, expressou sua emoção em participar dos Jogos da Juventude em Campo Grande após vencer a seletiva em sua cidade. “A emoção do jogo sempre está presente. Agora, a expectativa é grande para João Pessoa, onde o nível de competição é mais alto”.
Em Guia Lopes da Laguna, as seletivas foram realizadas no ano passado, segundo o técnico das equipes de futsal masculina e feminino, Patrick Rodrigues. Ele destacou a ansiedade e motivação dos atletas, especialmente aqueles que estão na primeira divisão. “Sabem que a competição é difícil, mas estão preparados para o desafio”.
Renato Fernandes, de 15 anos e também de Guia Lopes da Laguna, falou sobre a facilidade com que sua equipe venceu a fase seletiva. “Os jogos foram tranquilos, e para mim, o esporte é tudo. A expectativa para João Pessoa é grande, queremos chegar lá”.
Em Aquidauana, a técnica Paula Sims explicou que a seletiva é realizada pelos Jogos da Primavera, em outubro, devido ao grande número de escolas. “Os oito melhores classificados nesses jogos competem na seletiva do ano seguinte. Este ano, fomos campeões e montamos a seleção da cidade para vir para os Jogos Escolares”, relatou Paula, destacando o preparo e o apoio que as atletas recebem no município.
A atleta Luana de Oliveira, de 15 anos, da equipe de futsal de Aquidauana, destacou a dificuldade da seletiva em sua cidade. “Foi muito treino e luta para chegar aqui. O futsal é meu refúgio, e estar aqui é a realização de um sonho”, afirmou. Sua colega de equipe, Laura Beatriz Pereira de Brito, também de 15 anos, ressaltou a importância da seletiva municipal e o trabalho árduo para alcançar a classificação. “O esporte é a minha paz, e estamos muito felizes por estarmos aqui”.
Em Corumbá, o técnico Dinarte Mendonça explicou que as seletivas ocorreram no ano passado, e o vencedor teve o direito de representar a cidade este ano. “Estamos há oito anos consecutivos como campeões no futsal feminino, e nosso objetivo é conquistar uma vaga em João Pessoa”.
Amanda Aparecida Santos, de 16 anos, da equipe de futsal de Corumbá, compartilhou a gratificação em ser campeã da seletiva municipal e estar apta a competir nos Jogos Escolares. “O esporte me traz muita alegria, e nossa expectativa é alta para ganhar os Jogos e ir para João Pessoa”.
Por fim, José Emerson Ferreira, técnico das equipes de futsal masculina e feminina de Rio Brilhante, descreveu o processo seletivo em seu município como uma análise criteriosa de todos os atletas participantes. “Formamos uma equipe diversificada, incluindo atletas da aldeia indígena e do distrito de Rio Brilhante. Determinação e empenho não faltarão”.
Yasmin Carvalho, de 15 anos, atleta de Rio Brilhante, comentou sobre a competitividade da seletiva local. “Foi divertido e desafiador, mas o esporte é tudo para mim, tanto física quanto psicologicamente”, disse Yasmin, destacando o impacto positivo do esporte em sua vida.
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