Hipismo | Com CBH | 26/07/2021 08h35

João Victor se despede de Tóquio com o melhor resultado da história do adestramento brasileiro

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Após a finalização da disputa do Grand Prix nesse domingo (25), em Tóquio, o jovem talento brasileiro João Victor Macari Oliva, do Time Brasil de Adestramento, fechou na 26ª colocação entre 59 concorrentes, registrando uma subida de vinte posições em relação aos Jogos do Rio 2016. O inédito registro da nota 70,419%, superando seu próprio recorde de 68,071% na Rio 2016, e notas acima de 70% na avaliação de cinco juízes em Tóquio, faz da participação do cavaleiro paulista o melhor resultado do Brasil no Hipismo Adestramento em Olimpíadas.

João Victor só não superou a melhor colocação do país, o 25º lugar conquistado pelo Cel. Sylvio Marcondes de Rezende montano Othelo nos Jogos de Munique em 1972, quando participaram 33 competidores, conforme informações do Comitê Olímpico Internacional (COI). Porém, em Tóquio, 59 conjuntos de 30 países disputaram o Grand Prix, dos quais somente 18 vão para a final individual. 

Jovem talento do hipismo nacional, João Victor, de 25 anos, não transformou sua responsabilidade de ser o único representante do país na modalidade em um peso. Pelo contrário. Entrou em pista com leveza. Sua apresentação foi elogiada por juízes, imprensa especializada internacional e amantes do Adestramento pelo mundo afora. “Sua equitação foi de sentimento, seu assento elástico e sua aplicação discreta de ajudas foram uma delícia. Pode ser que para ele a Olimpíada se resuma à participação. Mas para o encontro dos melhores do mundo todo, não poderíamos ter desejado uma abertura melhor do que a deste conjunto exótico, mesmo que tenha havido pequenos erros. Em todo caso houve harmonia entre ambos”, destacou um artigo na St. Georg, renomada publicação especializada da Alemanha, país referência no hipismo e maior ganhador de medalhas de ouro em Olimpíadas.

“Fui o primeiro atleta do hipismo a entrar em pista (e o primeiro atleta brasileiro na vila olímpica). Fizemos uma boa prova, meu cavalo esteve bem e estou super contente. O Escorial esteve disponível, escutando as ajudas e tranquilo. Estou muito feliz. Tem coisas para melhorar, tivemos um errinho no meio da prova, mas mesmo assim o resultado foi bom. Agora quero me entrosar cada vez mais com ele, pois temos pouco tempo juntos e vamos melhor cada vez mais para representar o Brasil nos próximos desafios”, disse o cavaleiro, que começou a montar Escorial somente em setembro de 2020.

A chefe de equipe Sandra Smith de Oliveira Martins também destacou a evolução da modalidade, resultado do cavaleiro e novos objetivos. “Tivemos um bom resultado na Rio 2016, fomos medalha nos Pans de Toronto e Lima e agora tivemos esse grande resultado do João em Tóquio. Foi um trabalho sério e responsável, O João é um atleta maravilhoso, sua equipe é fantástica, um time muito bom e eficiente, o que facilita tudo. Agora vamos focar na formação de uma equipe nos Jogos Equestres Mundiais de 2022, na Dinamarca”.

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