Handebol | Da redação | 06/06/2005 17h17

Goleira de 17 anos é revelação da seleção adulta

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Quando ela abre os braços, o gol da Seleção Brasileira de Handebol se fecha. Situação normal para uma goleira, mas não para Adriana. Com apenas 17 anos e 1m84, o novo xodó da equipe já atua na Seleção Adulta, apesar de sua idade ser compatível com a equipe juvenil. No último final de semana defendeu muito bem sua posição, ao lado das experientes Chana e Jacqueline, na disputa da Copa Petrobras, realizada no Guarujá (SP). Adriana pratica handebol profissionalmente há cinco anos e desde o começo da carreira joga pelo Corinthians, mas as propostas para trocar de time já começaram a surgir. A idéia ainda não está nos planos da goleira, que agora só pensa em jogar bem em seu clube e na Seleção.
 
O início da atuação defendendo as cores do Brasil foi pela Seleção Cadete. Atualmente, a goleira joga em três categorias: Juvenil, Júnior e Adulta. A experiência no grupo adulto foi um presente para Adriana, que afirma já ter ganhado muita experiência, mesmo com um tempo curto de treinamento. "Foi um período de muita aprendizagem. Existe bastante diferença entre o jogo da adulta com as outras categorias. Os arremessos são mais rápidos." A convivência com as goleiras mais experientes, como Chana e Jacqueline, também contribui. "Elas me dão muitas dicas. Me falam como devo agir em determinados momentos", acrescentou.
 
Para que Adriana chegue definitivamente à Seleção Adulta faltam três anos. O tempo irá coincidir com o ano das Olimpíadas, em 2008, mas Adriana tem os pés no chão quando se fala em substituir a titular brasileira. "Não penso nisso agora. Tenho que aprender muito ainda para chegar lá." A humildade é uma característica marcante da jogadora. Elogiada por técnicos de diferentes categorias e pelo público, Adriana caiu nas graças das crianças torcedoras da Seleção no Guarujá. Durante a competição, ela recebeu cartinhas e muitos pedidos de beijos e autógrafos do público mirim.
 
Apesar da pouca idade, a atleta já possui bastante experiência. Já participou de seis torneios internacionais pelas categorias de base e agora completa seu currículo com a Copa Petrobras. Foi campeã sul-americana cadete e júnior, e pan-americana juvenil e júnior. A vivência internacional é outro ponto determinante para ela. "Os jogos internacionais são mais equilibrados. Os arremessos têm mais qualidade. São nesses torneios que nós testamos o nosso treinamento", explicou Adriana.
 
Na avaliação da assistente técnica da Seleção Adulta, Rita de Cássia Orsi, o Brasil tem a oportunidade de ter outra grande goleira. "Ela está em um momento propício de desenvolvimento. Quer aprender mais. Tem uma característica importantíssima que é prestar atenção nos comandos e movimentos e, além disso, se integrou bem ao grupo." Adriana possui atributos físicos que estão sendo buscados pelas comissões técnicas. "A Adriana mostra um grande potencial e tem o perfil de uma grande goleira. Ela é alta, tem uma envergadura muito boa e uma capacidade de reação fantástica", analisou Rita.
 
Segundo a assistente, a posição em que a jogadora atua já é bem coberta, e no futuro não haverá problemas. "Nós estaremos bastante satisfeitos com essa posição por um bom tempo." A treinadora acredita que a brasileira não vai demorar muito para se transferir para uma equipe européia e ressaltou o trabalho feito pelo clube em que joga. "Ela teve no Corinthians um trabalho muito bem feito. Lá, eles conseguiram aflorar as características técnicas da Adriana, e desenvolver as suas habilidades."
 
No jogo contra a Argentina, Adriana defendeu bravamente uma cobrança de sete metros. Para o grupo, foi a prova do potencial da jovem goleira e do motivo pelo qual ela é disputada por três categorias da Seleção Brasileira.
 
Amistoso
A temporada da Seleção Feminina Adulta de Handebol no Guarujá ainda não acabou. A equipe permanece no litoral mais dois dias para realizar uma partida amistosa contra a equipe de Valência, nesta terça-feira (07), às 19h. O palco da disputa será o Ginásio Guaibê. As duas equipes se enfrentaram na última rodada da Copa Petrobras e o Brasil ganhou por um gol de diferença, após ficar o tempo todo atrás no placar. O objetivo da partida é proporcionar mais experiência às atletas que visam, em primeiro lugar, ao Pan-Americano de 2007, e depois, às Olimpíadas de Pequim, na China, em 2008.
 
As Seleções Brasileiras de Handebol têm o patrocínio da Petrobras e contam com o fornecimento de material esportivo da Penalty.

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