Futebol Europeu | GE.Net | 16/05/2007 18h45

Sevilla supera Espanyol e conquista o bi da Copa da UEFA

Compartilhe:

Glasgow (Escócia) - O Sevilla entrou para a história das competições européias. Na tarde desta quarta-feira, a equipe dos brasileiros Luís Fabiano, Adriano, Renato e Daniel Alves venceu o Espanyol por 3 a 1 nos pênaltis, após empatar em 2 a 2 no tempo regulamentar, e garantiu o bi na Copa da Uefa no clássico espanhol disputado no Hampden Park em Glasgow, na Escócia.

Apesar da superioridade técnica, o Sevilla conseguiu bater o adversário apenas na prorrogação, com um gol do artilheiro Kanouté aos 15 minutos do primeiro tempo do tempo extra. Mesmo assim, o brasileiro Jônatas conseguiu empatar para os catalães e forçar a realização das cobranças de pênaltis. Os catalães dificultaram as coisas enquanto ficaram em igualdade numérica, mas caíram de produção após a expulsão do volante Moisés Hurtado.

A partida foi baseada na velocidade, prova disso que as melhores chances e os dois gols do tempo regulamentar foram marcados nos primeiros minutos de jogo. O Sevilla abriu o placar aos 18, com Adrano, enquanto Riera empatou dez minutos depois, ambos com chutes de longe.

O título do Sevilla entra para a história pelas suas preciosidades. A equipe iguala o rival espanhol Real Madrid e quebra um jejum de 21 anos sem um bicampeonato na competição. Desde 1985/86 uma equipe não conquistava o título por dois anos consecutivos. Aliás, antes do Sevilla, apenas os Merengues conquistaram mais de uma taça consecutivamente.

O técnico Juande Ramos também crava o seu lugar na história, sendo o único treinador bicampeão da Copa da Uefa na história. O Espanyol permanece apenas com suas quatro Copas do Rei no currículo. Antes disso, curiosamente, o máximo que os catalães conseguiu foram ser vice-campeão justamente da Copa da Uefa, em 1988, quando perdeu nos pênaltis para o Bayer Leverkusen.

A partida entre as equipes começou com uma característica bem espanhola: o uso da velocidade. Foram duas chances criadas pelo empolgado Espanyol, em busca da maior conquista de sua história: aos 14, com o artilheiro Raúl Tamudo, e aos 17, com o volante Moisés Hurtado. Ambos os chutes foram bem defendidos pelo goleiro Palop.

Aos 18, no entanto, a ambição catalã foi interrompida por um lance de puro precisão do Sevilla. Palop lançou o brasileiro Adriano na saída de bola, o lateral dominou o lance, avançou sem marcação e arriscou um chute na intermediária da área, sem chances para o goleiro Gorka Iraizoz.

O gol não brecou o entusiasmo do Espanyol, que até então seguia melhor em campo. Novamente usando a velocidade como principal arma, De la Pena apareceu pelo lado direito da área e finalizou por cima do travessão, aos 26.

Era um sinal ao Sevilla, cuja defesa não entendeu e acabou pagando o preço dois minutos depois, quando o meia Riera recebeu passe no meio-campo e arrancou ao ataque. Antes de chegar na área, o jogador arriscou o chute. A bola toca em Daniel Alves e Palop ainda chega no lance, mas não consegue evitar o empate.

Com a igualdade no marcador, o nível do jogo caiu e as equipes pareciam se poupar para a etapa final. A única chance concreta veio aos 40, quando Tamudo acertou uma bela finalização e o goleiro do Sevilla conseguiu defender no susto. Na volta do intervalo, o mesmo Tamudo foi o protagonistas de dois lances, aos dez e 12. No primeiro, o atacante chutou, enquanto no segundo armou a jogada para Riera, que mirou o ângulo esquerdo. Novamente Palop apareceu bem para evitar a virada catalã.

A falta de inspiração dos jogadores era visível e o grande número de finalizações de fora da área provava que a defesa virou a tônica da partida. Em quatro minutos foram três arremates. Um para o Sevilla, com Kanouté, e dois para o Espanyol, com Tamudo e Riera. O excesso de vontade acabou custando caro aos catalães, que perderam Moisés Hurtado, punido com o segundo cartão amarelo.

A partir daí, a vantagem numérica pesou a favor do Sevilla, que viu o sonho do bicampeonato ficar mais forte nos minutos finais. O Espanyol se fechou na defesa e contou com a boa atuação de seus homens de marcação para não sair no prejuízo.

Logo aos 32, Renato - que entrara no lugar de Adriano - deu ótimo passe para Kerzhakov, que ficou cara-a-cara com Gorka Iraizoz e finalizou por cima do travessão. Três minutos depois, foi a vez de Javi Navarro arrematar para fora. Aos 37, Kanouté desviou de cabeça, o goleiro defendeu e Poulsen mandou o rebote pela linha de fundo.

Kanouté voltou a perder boa chance de cabeça aos 43. No último minuto regulamentar, foi a vez de Renato pegar uma sobra de bola e finalizar à direita do goleiro, selando assim a realização da prorrogação para definir o campeão da Copa da Uefa em 2007.

Na prorrogação, a inferioridade numérica do Espanyol não teve como segurar o ímpeto do Sevilla. Aos 15, último minuto do primeiro tempo, Jesús Navas fez excelente jogada no meio-campo, partiu sem marcação e rolou redondo para o artilheiro Kanouté desviar sem chances para o goleiro.

Quando o bicampeonato parecia certo, o brasileiro Jônatas azedou a festa em Sevilha. Aos nove minutos da etapa final da prorrogação, o ex-flamenguista arriscou de muito longe e acertou em cheio o gol de Palop, levando o duelo para a disputa de pênaltis.

Nas penalidades, Kanouté, Dragutinovic e Puerta marcaram para o Sevilla, que ainda viu Daniel Alves perder sua cobrança. Pelo lado do Espanyol, apenas Pandiani acertou a meta. Jônatas, Luis Garcia e o zagueirão Torrejón desperdiçaram e selaram o bicampeonato do Sevilla.

VEJA MAIS
Compartilhe:

PARCEIROS