Nesta quarta-feira (8) faz dois anos que Roberto Dinamite nos deixou, vítima de câncer. Sua trajetória no futebol foi intensa e muito vitoriosa. Maior artilheiro do Campeonato Brasileiro com 190 gols, ele atuou 21 anos pelo Vasco, obteve inúmeros títulos com o clube, pelo qual marcou 708 gols, e também brilhou na Seleção Brasileira.

Pela Amarelinha, disputou as Copas de 1978 e 1982 e foi artilheiro no vice-campeonato do Brasil da Copa América de 1983. Fez 25 gols em 47 jogos pela Seleção Brasileira e marcou época, principalmente nos anos 70 e 80, como um goleador de primeira classe.

Era também um exímio cobrador de faltas, rivalizando nessa virtude com seu amigo Zico, ídolo do Flamengo.

Por sua relevância, Roberto Dinamite foi homenageado pela CBF em 2024. No ano passado, a confederação instituiu o Troféu Roberto Dinamite para premiar o artilheiro do Brasileirão. Yuri Alberto (Corinthians) e Alerrandro (Vitória) foram os primeiros contemplados. Fizeram 15 gols cada no campeonato.

A honraria aos goleadores da competição continuará em 2025 e nos próximos anos, como determinou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.

Roberto detém recordes pelo Vasco. Além de ser o principal artilheiro, foi quem mais vezes vestiu a camisa do clube em jogos oficiais e amistosos: 1110 partidas, ao todo. Somente outros dois atletas atuaram mais de mil vezes por seus respectivos clubes no Brasil: Pelé (Santos) e Rogério Ceni (São Paulo).

Natural de Duque de Caxias (RJ), Carlos Roberto Gama de Oliveira também teve passagem, curta, pelo Barcelona, entre 1979 e 1980. No entanto, mais marcantes do que os jogos pela equipe catalã, foi seu retorno ao Vasco ainda em 1980. Em jogo contra o Corinthians, pelo Brasileirão daquele ano, Roberto Dinamite fez os cinco gols do time na goleada por 5 a 2 sobre o Corinthians.

Seu apelido, Dinamite, foi cunhado pelo Jornal dos Sports com a ascensão do então “Garoto Dinamite”, que encantava torcedores vascaínos desde seu primeiro gol pelo clube, marcado em partida contra o Internacional, em 1971.