Editorial | Da redação | 18/06/2010 15h58

Valorização do esporte de nosso Estado: a missão do Esporte Ágil

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Editorial

Cinquenta edições é um número simbólico, principalmente para aqueles que não acreditavam no projeto do Jornal Esporte Ágil. Mais que isso: significa uma marca já estabelecida, um legado que já foi deixado. Mas o que seria essa herança? Poderia ser a busca jornalística pelos dois lados de cada história? Ou mesmo a procura pela transparência de nossas entidades? Isso é jornalismo. Seria injusto achar que nós do Esporte Ágil inventamos tudo isso. O que trouxemos de novo foi a mentalidade de que o esporte pode mudar a sociedade e a luta constante para divulgar e reconhecer o valor do esporte Sul-mato-grossense. Seja este um desportista representando o Estado num campeonato mundial, ou simplesmente, um jogo de futebol amador. Todos têm espaço, sem discriminação.

Mostramos com isso as outras faces do esporte, que vão muito além de diversão ou competição. Seja no campo, na quadra ou em qualquer outro lugar, o desporto leva saúde, educação e integração para onde quer que vá. Mas não se preocupe caro leitor. Este texto não é um testamento. Nossa missão está apenas começando. Imaginamos como estará o esporte em nossa centésima edição, pós Copa do Mundo no Brasil e muito perto da tão sonhada Olimpíada no país tupiniquim. Estaremos finalmente estruturados? Mato Grosso do Sul conseguirá finalmente formar e manter atletas no Estado? Sonhar não custa nada!

Recomeço? - No mês de maio e começo de junho, tivemos alguns acontecimentos importantes no esporte. O Esporte Clube Comercial, depois de anos, voltou a conquistar um título estadual. Mais importante que isso, foi a presença maciça da torcida na grande decisão, o que dá esperanças ao futebol local de voltar aos tempos áureos das décadas de 70 e 80. O projeto comercialino de Libertadores da América - que para muitos é um delírio (que não custa nada!) - começou bem.

Vale a pena? - Outro fato que chamou a atenção foi o valor repassado pela Fundesporte para a Federação de Motociclismo de Mato Grosso do Sul (Femems). Um total de R$ 1,4 milhão que será usado para a realização do GP Brasil de Motocross. Voltamos aquela velha discussão: vale a pena investir tanto dinheiro em apenas um evento? Existem os dois lados da moeda. O evento de fato aquecerá o turismo e a economia local, como é prometido pelos organizadores. Mas quantas federações poderiam dividir esse dinheiro? Ou mesmo quantos projetos sociais poderiam ser mantidos com tal quantia? Mais uma vez lembramos: não somos contra esse tipo de evento, mas achamos que se existe dinheiro para tal, seria justo que existisse para todos. Ainda mais às vesperas de uma Olimpíada.

O ciclismo é um exemplo de modalidade olímpica que anda com as próprias pernas em Mato Grosso do Sul. A Federação nunca "aparece" no Diário Oficial do Estado, como acontece com outras federações, mesmo assim realiza diversas provas por mês, tudo devido a paixão dos praticantes pelo esporte. Quem dera se todos os apaixonados por esporte fossem assim...

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