Bate-Bola | Da redação | 12/08/2016 15h38

Tony Gol

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Presidente do União Guaicurus fala sobre sua relação com o futebol amador e critica o apoio que a modalidade recebe do Poder Público.

Formado técnico em prótese dentária, Antônio Marcos Bogarim, o Tony Gol, tem no futebol amador uma de suas maiores paixões. Começou como jogador e passou por várias equipes da Capital, mas, em 2008, chegou no União Guaicurus, equipe onde passou a comandar após os ex-dirigentes desistirem do time.

Em entrevista ao Esporte Ágil, ele fala sobre suas maiores alegrias, conquistas e decepções no esporte. Critica o apoio recebido pelo poder público e dispara: “o futebol amador só existe em Campo Grande pela perseverança dos donos das equipes”.

Confira a entrevista

Como começou seu envolvimento com o futebol amador?
Comecei como jogador de outros times do futebol amador. Em 2008, quando fundaram o União Guaicurus, passei a atuar pela equipe. Foi então que os fundadores desistiram de mexer com o time e eu continuei os trabalhos.

Como começou o União?
O União começou com dois amigos conhecidos como Dui e Piruca. Eles já tinham um time que chamava Culturama, e resolveram montar um time pra começar a disputar campeonatos fora da região. O Cleiton Tenório, que hoje é um dos goleiros da equipe, teve a ideia de colocar União Guaicurus, pois a maioria dos jogadores do time faziam parte da região da Avenida Guaicurus. Hoje em dia o União Guaicurus é composto por jogadores dos quatro cantos de Campo Grande, e um jogador do interior do Estado.

Vocês recebem algum apoio?
O projeto hoje é desenvolvido quase todo por mim. Tenho alguns parceiros, como meu auxiliar técnico Amarildo, que cuida dos meus uniformes, e o Piruca, que sempre fica ajudando a contratar os jogadores. É tipo de um olheiro de talentos do futebol amador. Não temos nenhuma ajuda do Poder Público. O apoio que recebemos sempre vem de algumas empresas que me ajudam a fazer uniformes e a pagar as inscrições dos campeonatos.

Quais os principais títulos conquistados até hoje?
O time em oito anos e já conquistou 21 títulos. Mas os mais importantes foram os quatro da ️Moreninha, o Amador da Cohab e o da Gallore, além do bicampeonato da Universitária.

Qual a realidade do futebol amador em Campo Grande?
A realidade é que só existe o futebol amador em nossa cidade pela perseverança dos donos das equipes e dos organizadores de campeonatos. A organização sempre é feita pelos cabeças de cada equipe, que se esforçam muito pra que sua equipe esteja sempre preparada pra cada jogo. Apoio poucas equipes têm. Algumas, que têm amizade com alguns políticos, conseguem de vez em quando alguma ajuda.

Quem quiser disputar algum campeonato, quem deve procurar?
As pessoas que queiram entrar na modalidade basta saber jogar futebol. Se ela já for um jogador com categoria de base, ela tem mais chance de jogar numa grande equipe do futebol amador. Uma pessoa que quer jogar um futebol amador, a melhor coisa é começar numa equipe mais de amigos, para depois ser contratada por uma equipe mais forte do amador. Se ela tiver um grande talento, é claro, pra exercer esse esporte.

Quais suas principais conquistas no esporte? E as maiores decepções?
Já tivemos vários títulos, mas o mais importante foi o tetracampeonato do Campeonato das Moreninhas. No último campeonato, inclusive, conseguimos ganhar de uma equipe do interior e faturar R$ 18 mil.

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