Bate-Bola | Da redação | 25/12/2017 14h48

Presidente da CBJ sobre legado olímpico: ‘Temos que pegar as coisas boas’

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Durante agenda informal no último dia 16 em Campo Grande, o presidente da CBJ (Confederação Brasileira de Judô), Silvio Acácio, falou com exclusividade ao Esporte Ágil sobre o legado deixado pelos Jogos Olímpicos de 2016 para a modalidade.

“Temos que pegar as coisas boas. Se nos atermos aos desmandos de alguns políticos, teríamos assunto para muito tempo”, disse o dirigente máximo da modalidade repsonsável pelo maior número de medalhas olímpicas já conquistadas pelo judô brasileiro: 22 no total.

Ele participou da entrega de certificados de graduação, realizada no plenário da Câmara Municipal e que contou ainda com a participação de diversas autoridades do judô sul-mato-grossense, como o Professor João Rocha e César Augusto Progetti Paschoal, benemérito e presidente da Federação de Judô de Mato Grosso do Sul.

Confira o Bate-bola com Acácio:

Qual foi o legado olímpico para o esporte no Brasil?
A própria realização dos Jogos foi um legado. Nós podermos fazer do nosso País a festa, o evento, a magnitude que foram os Jogos, só isso, para quem vive o esporte, é o maior legado. Além disso, ficou uma história que só vem a somar para nossa modalidade. O judô sempre foi uma modalidade de destaque. Conseguimos fazer dentro do nosso país nossa primeira medalha olímpica aqui, sendo uma mulher ainda. Já tínhamos uma campeã, mas fazer dentro de casa, e da forma como foi, tudo isso é legado. Temos que pegar as coisas boas. Se nos atermos aos desmandos de alguns políticos, teríamos assunto para muito tempo.

O judô, por exemplo, ganhou um centro de excelência.
Temos que computar o positivo e, nesse quesito, quando se fala em estrutura física, o judô foi beneficiado. O judô tem uma sede do legado olímpico, e está lá em Lauro de Freitas (BA), pulsando. Lá, no centro que foi construído para treinamento da seleção olímpica, foi feita a seletiva para Tóquio 2020. O saldo que ficou foi positivo. Deu sustentação para olhar para 2020 com mais perspectivas.

Como a Confederação vê a redução na verba do Ministério do Esporte para 2018, prevista na peça orçamentária?
Não tivemos ainda essa definição, porém, a grande maioria dos que militam no esporte sabiam que, após a Olimpíada, haveria, sim, o fechamento de alguns segmentos que botavam dinheiro no esporte. Com a perspectiva que temos para 2020, não acredito que sejam os atletas a serem prejudicados. Vai haver cortes nas entidades, reestruturação no próprio Ministério, mas não acredito que vá prejudicar a estrutura pré-montada com foco nos Jogos.

Por que o judô, apesar de receber o mesmo apoio que outras modalidades, se destaca tanto?
Acho que pela própria organização do judô, pela forma com que ele foi criado no país de origem dele. Temos uma modalidade que tem o foco muito forte na formação do indivíduo, na educação, na disciplina. Talvez seja por isso que tenhamos tido essa abrangência a nível olímpico.

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