Bate-Bola | Jeozadaque Garcia/Da redação | 12/07/2010 09h07

Bate-bola: Rodrigo Albaneze de Barros

Compartilhe:
Rodrigo (à esq.) afirma que a mídia ajuda a mudar a mentalidade das pessoas. Rodrigo (à esq.) afirma que a mídia ajuda a mudar a mentalidade das pessoas. (Foto: Foto: Acervo Pessoal)

Rodrigo Barros

Há alguns anos atrás, o poker era visto apenas como um jogo de "filmes hollywoodianos". Hoje, muito em conta da TV, esse panorama mudou. A modalidade já é uma das que mais cresce no mundo, ganhando a cada dia novos adeptos. A consequência disso é a profissionalização, caracterizando cada vez mais o poker como esporte. E é justamente essa visão que já chega nas mesas do Estado, com a criação da Federação de Texas Hold'em de Mato Grosso do Sul.

Formada este ano, a entidade presidida pelo empresário carioca Rodrigo Albaneze de Barros, de 35 anos, já é considerada por ele próprio "um sucesso". Com torneios realizados em Dourados, Corumbá e Campo Grande, a Federação trabalha junto à Confederação Brasileira. Tal seriedade do projeto e o fato do jogo ser bastante estratégico, já faz até com que vários jogadores de xadrez migrem para a modalidade de cartas.

Esporte Ágil - Como foi o processo de criação da Federação de Poker? Quando e como surgiu essa idéia?
Rodrigo de Barros - Começamos com a idéia em 2007, com a criação do nosso clube de carteado aqui. Mas ela só amadureceu mesmo em 2010 com bastante conversa e procurando as lideranças no Brasil todo que estão há mais tempo trabalhando com o Texas Hold'Em, tentando fazer dele um esporte. Ela se consolidou mesmo esse ano. Fizemos a primeira etapa do Estadual em abril e foi um sucesso. O pessoal está gostando bastante.

EA - O que a Federação pretende fazer para tirar da cabeça das pessoas a imagem de que o poker é um jogo de azar?
RB - Está sendo feito um trabalho nacional. As federações hoje trabalham em cima de laudos, investem em cima disso, para mostrar para as autoridades. Nossa sociedade não associa o jogo de carteado ao esporte. O Texas Hold'Em tem várias formas de provas que ele precisa de muita habilidade.

EA - De que forma a imprensa pode ajudar nessa mudança de mentalidade?
RB - O prestígio dos nossos eventos tem sido bem grande. O pessoal tem viajado, ido aos eventos, procurando saber e conhecer os eventos de nível nacional e alguns até fora do Brasil. Hoje, o esporte é praticado no mundo todo e os eventos são uma festa realmente. Acho que tem que participar, ler, buscar, etc.

EA - A transmissão de disputas pela TV contribui pra isso?
RB - Com certeza, pois muita gente desconhece e hoje várias pessoas procuram os clubes para conhecer. Tem muita gente migrando do xadrez para o Texas Hold'Em por ser um jogo estratégico. A televisão contribui muito com isso, assim como todo tipo de propaganda.

EA - Como fazer pra popularizar esse esporte aqui no Estado?
RB - A gente vem fazendo um trabalho. Com a criação da Federação, vamos fazer torneios em Dourados e Corumbá, além da Capital, através dos clubes que têm nessas cidades. Em Corumbá foi inaugurado um clube no ano passado que está indo muito bem.

EA - Como a Confederação vai poder atuar nisso?
RB - A Confederação está sob nova direção e ela está apoiando todas as Federações para que tudo corra da melhor forma possível. Hoje, ela dá material, regras dos esportes, dos torneios, das novidades para serem implantadas nos Estados para que os torneios sejam realizados de uma forma bem legal e sadia.

EA - Aqui no Estado existem jogadores com capacidade para jogar entre os melhores?
RB - Aqui no Estado já temos alguns bons resultados, apesar de o número de praticantes ser um pouco reduzido. Temos resultados significativos, atletas que foram super bem em torneios nacionais com mais de 700 participantes. Temos 5º e 7º lugar, vários atletas muito bem colocados no ranking nacional.

EA - O que fazer para os jogadores daqui chegarem no nível de Phil Ivey ou mesmo do brasileiro Alexandre Gomes?
RB - Primeiro de tudo tem que estudar muito. Tem muito livro, muita informação online. Estudar e praticar. O Hold'Em não tem nada como a prática diária dele. Pra isso tem escolas online, que são as formas mais fáceis de aprender, níveis avançados de técnicas pra aprender. Ele é muito complexo.

EA - Quem quiser aprender jogar ou disputar os torneios da Federação deve procurar quem?
RB
- Quem quiser saber mais sobre o esporte, como ele está caminhando em Campo Grande, pode ligar no (67) 3306-3426, que é a sede da Federação. Lá tem torneios para todos os gostos, desde os básicos até o nível mais elevado. Para saber mais é só ligar lá, e vai ter sempre alguém capacitado para atender as pessoas.

VEJA MAIS
Compartilhe:

PARCEIROS