Bate-Bola | Vitor Yoshihara/Da redação | 09/03/2009 17h41

Bate-bola: Nílson Pulgatti

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Nílson Pulgatti

Campo-grandense de nascimento, o lutador Nílson Pulgatti é conhecido por suas brigas dentro do tatame. Mas de dois anos para cá, a luta foi outra: foi pelo reconhecimento da Federação de Jiu-Jitsu Esportivo, da qual é presidente, por lutadores e professores.

Indignado com a Federação de Jiu-Jitsu de MS, Pulgatti criou a entidade há dois anos e desde então se mostra irredutível com relação a uma possível reunificação entre as duas. Para ele, somente com a troca da atual administração, isso pode acontecer.

Até lá, o atleta e professor de 33 anos de idade da Top Trainer (Shock Combat) segue realizando torneios e trabalhando, seja como dirigente ou como lutador.

Esporte Ágil - Por que existem duas federações de jiu-jitsu no Estado?
Nílson Pulgatti -
Temos duas federações porque a Federação de Jiu-Jitsu do outro presidente não vinha trabalhando corretamente. Então a maioria dos atletas, nós professores, estávamos descontentes com esse trabalho. Então montamos outra federação, estamos com dois anos de trabalho, e já superamos, todos os atletas estão felizes. É um propósito que eu tenho de cada vez melhorar mais. Eu trabalho em prol dos atletas. Então as verbas que são arrecadadas é para pagar melhor premiação, troféus, medalhas, suplementos e kimonos. Então trabalhamos para os atletas, não trabalhamos para nós mesmos.

Esporte Ágil - Como está hoje a situação da federação?
Nílson Pulgatti -
Nossa federação tem sede própria, temos site, bons patrocínios... Temos um calendário para esse ano já todo fechado, com apoio do diretor da Confederação. Das três equipes que não participaram dos nossos torneios no ano passado estão com a gente agora.

Esporte Ágil - Você falou do calendário. Quais são os planos para 2009 com relação a campeonatos?
Nílson Pulgatti -
Temos esse campeonato agora, a Copa Natural Tem, temos o Campeonato Estadual de Jiu-Jitsu, que vai valer vaga para as seletivas do Mundial, e temos um evento em Bonito, no final do ano, além de um curso de regras de arbitragem, que é da Confederação Brasileira, que vale para todos atletas e professores.

Esporte Ágil - E o que você achou dessa mudança da Fundesporte em não usar mais o ranking, e sim privilegiar o projeto?
Nílson Pulgatti -
Achei legal, porque a maioria das federações estava sendo prejudicadas por isso. O judô estava sendo mais privilegiado, apesar de todas trabalharem igual, algumas na verdade, como a nossa, a de judô, a de boxe, a de muay thai, a de karatê, algumas já vem trabalhando a muito tempo e trabalhando certo, mas outras não trabalhavam, como a Federação de Pankration e outras federações, e recebiam esse apoio. Tirando isso daí, ficou legal, porque todo mundo tem chance.

Esporte Ágil - Como anda o apoio ao jiu-jitsu aqui no Estado?
Nílson Pulgatti -
O apoio do jiu-jitsu no Estado aqui é ruim. Eu tenho um apoio legal já, porque sou atleta e tenho um patrocínio meu. Uso ele e coloco na federação. Mas meu patrocínio vem de fora, do Rio de Janeiro e de São Paulo. São a Kimono Podium e a Kimono Storm, além de uma fábrica de tatame de SP que também vai dar um apoio para a federação.

Esporte Ágil - Saindo um pouco do lado do dirigente, você tem alguma luta em vista?
Nílson Pulgatti -
Tenho uma luta no fim do ano na Austrália, só que estou com um problema no ligamento do joelho, então farei uma cirurgia e só voltarei a treinar depois do mês de maio.

Esporte Ágil - Por falar em Austrália, vocês receberam o lutador Peter Graham recentemente. O que vocês tiraram desse intercâmbio?
Nílson Pulgatti -
Para mim e para os atletas foi gratificante. A gente aprendeu muito com ele, todos pegaram com ele a parte em pé, veio só trazer benefícios para nós. Para ele, também foi muito bom, igual ele disse, porque o treino de jiu-jitsu lá na Austrália é diferente do melhor jiu-jitsu, que é o brasileiro, e ele já se deu bem. Chegou lá, lutou um campeonato profissional de jiu-jitsu e foi campeão.

Esporte Ágil - Você acha que existe alguma chance das duas federações voltarem a trabalhar juntas?
Nílson Pulgatti -
Existe, após trocar a administração da outra federação, porque o problema maior deles é a diretoria. Ela sendo trocada, existe uma grande chance de trabalharmos juntos. Eu já tentei no ano passado sediar o Campeonato Mundial com eles, mas não houve acordo com a administração deles. Trocando essa diretoria existe uma grande chance de trabalharmos juntos e crescer mais ainda o jiu-jitsu aqui no Estado.

Esporte Ágil - Como que está o trabalho com as crianças no jiu-jitsu aqui no MS?
Nílson Pulgatti -
Nesses dois anos para cá, o jiu-jitsu começou a melhorar de novo. Depois que montamos a federação, começamos a fazer um trabalho de base no interior e na Capital. Aqui em CG a federação tem um trabalho de crianças até 15 anos que não pagam mensalidade para treinar jiu-jitsu, com todos os professores que são filiados na federação. No Estado nós temos Camapuã, São Gabriel do Oeste, Bodoquena e Aquidauana, e a intenção é expandir esse projeto ainda mais pelo interior.

Esporte Ágil - Quem quiser fazer parte desse projeto, deve procurar quem?
Nílson Pulgatti -
Tem que procurar a federação, a sede fica atrás do Comper da Tamandaré, que é uma academia, a Top Trainer, e um centro de treinamento. Ali nós vamos fazer um cadastro, ver um bairro que ele mora, e destinar ele para treinar com o professor mais próximo.

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