Bate-Bola | Da redação | 08/06/2007 17h18

Bate-bola: Luiz dos Santos

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Principal crítica do presidente da FLBMS foi com relação ao poder público: Principal crítica do presidente da FLBMS foi com relação ao poder público: (Foto: Vitor Yoshihara/Esporte Ágil)

Luiz dos Santos

Há 14 anos a frente da Federação de Luta de Braço de Mato Grosso do Sul, Luiz dos Santos conversou com o site Esporte Ágil sobre os atletas que estão se destacando no Estado e que podem brilhar no Brasileiro e conseqüentemente no Mundial da modalidade. Além disso, o presidente da federação, que também preside uma ONG voltada para ajudar deficientes mentais, mostrou seu desapontamento com as últimas gestões do Governo e o pouco apoio prestado para as chamadas "federações menores".

Esporte Ágil - Como foi o último Estadual de Luta de Braço? A federação teve algum problema para realizá-lo?
Luiz dos Santos -
Teve pelas dificuldades que o esporte atravessa. Ficamos fora do apoio dado pelo Governo (FIE - Fundo de Investimento Esportivo), isso também contribuiu. Seis municípios participaram desta edição, bem acima da expectativa em função disso. Antes dávamos inclusive passagem, estadia e alimentação aos atletas campeões do Estadual para disputarem o Brasileiro, mas agora infelizmente não é mais possível.

Esporte Ágil - E quanto ao Brasileiro? Quais são as chances do Estado?
Luiz dos Santos - Cada categoria classifica dois atletas. São duas seletivas (Brasileiros) onde o atleta tem que ir bem em ambas para conseguir a classificação. O complicado é que só o primeiro lugar no somatório dos torneios ganha a passagem para o Mundial. Podemos ter pelo menos 14 campeões dos 20 que vão disputar o Brasileiro.

Esporte Ágil - Quem tem chance de ir ao Mundial?
Luiz dos Santos - Três nomes são praticamente certos. Cris Regiane (categoria até 55kg) na master e talvez na sênior, Enilson Barreto "Vedita" (até 70kg) na sênior e Emídio Júnior (até 90kg) também na sênior. Outros que tem chance são Jairo Brambil (até 90kg), de Anastácio, na master, e Siviney Marques Macedo (até 80kg) na sênior. Carlos Aparecido Gonçalves, portador de deficiência física, é outro nome forte.

Esporte Ágil - Como vocês financiam essas viagens?
Luiz dos Santos - No momento, com exceção da Prefeitura de Bonito, ninguém do governo ajuda. Todos estão correndo atrás de patrocínio e a única participação confirmada para o Brasileiro é a de Cris Regiane, que recebe um apoio do Governo Federal.

Esporte Ágil - Quais são os próximos eventos da Federação de Luta de Braço de MS?
Luiz dos Santos - Em setembro estaremos realizando a Copa Centro-Oeste, possivelmente em Aquidauana, e um outro torneio em Cáceres (MT), cidade que quer propagar a modalidade.

Esporte Ágil - Com o fim de seu mandato em 2010, você disse que vai deixar a FLBMS. Qual é seu sentimento com relação ao desenvolvimento da modalidade no Estado?
Luiz dos Santos - Somos os 2º colocados no Ranking Nacional, atrás apenas de São Paulo, que é imbatível pela sua estrutura, mas saio decepcionado por causa desses últimos cinco anos de poucos privilegiados no esporte. Tenho certeza que o trabalho que a gente fez, conseguimos ir ao máximo que dava. Tudo gira em torno da política, isso vai desestimulando. Você só continua porque gosta mesmo. Saio realizado pessoalmente.

Esporte Ágil - Como você se sente com relação ao Governo?
Luiz dos Santos - Com o poder que cuida do esporte saio decepcionado. Acredito que 50% do que nós realizamos foram graças a garra dos atletas, que muitas vezes não tinham ou não tem condições financeiras de disputar torneios, mas mesmo assim os fazem. Os outros 50% foi com o apoio do Rodrigo Terra, ex-secretário da extinta Sejel, que não privilegiava apenas as modalidades mais populares, mas tentava dar atenção igual a todas as federações, coisa que não aconteceu nas últimas gestões. Antes bastava um telefonema. Já nos últimos anos, tive contato apenas uma vez com o Lanzarini (Dirceu), durante uma premiação.

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