Bate-Bola | Da redação | 06/07/2009 11h22

Bate-bola: Emídio Júnior

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Emídio Júnior

Emídio Rodrigues dos Santos Júnior, 36 anos, é nascido no interior de São Paulo. Foi vice-presidente fundador da Federação Sul-mato-grossense de Luta de Braço.

No bate-bola, conta como começou seu interesse pela modalidade, como chegou ao cargo de presidente da entidade e os planos para o futuro do esporte que, segundo ele, não é tão privilegiado pela mídia quanto o futebol, automobilismo, basquete e natação.

Esporte Ágil - Como e quando surgiu seu interesse pela luta de braço?
Emídio Júnior
- Eu comecei brincando na escola. Depois brincávamos em casa. Aí começou haver algumas competições até mesmo em casa. Eu, meu pai, meu irmão. Tínhamos muita força e brincávamos em casa.

Esporte Ágil - Como você chegou ao cargo de presidente da Federação Sul-mato-grossense de Luta de Braço?
Emídio Júnior
- Bom, eu me interessei pelo esporte em casa. E meu irmão mais novo, muito pra frente, entrou na internet e buscou. Viu que aqui em Campo Grande teria uma Federação, como a Confederação Brasileira, que tem 24 anos. Só que, no Estado, ela tem 17 anos. Até então, essa federação da qual hoje sou presidente não era legalizada. Não tinha CNPJ, não tinha endereço. Quando em me interessei em 1999, que foi quando eu participei do primeiro campeonato, do qual eu mesmo organizei, sendo amparado pelo Luis dos Santos. Hoje, a federação tem CNPF, endereço, ela está sendo divulgada na mídia. Também eu busquei com o Luis dos Santos uma parceria. Eu era gerente de loja e tinha tempo para correr atrás de patrocínios.
Em 2000, nós conseguimos formar a Federação Sul-mato-grossense de Luta de Braço. Legalizamos ela, fundamos literalmente, com CNPJ, com todos os dados que muitos patrocinadores, como Tube Surf, Só Placas, Glória Bordados, pessoal que sempre ajudou a gente. Então, eu sempre buscava a verba para realizar os eventos com esse pessoal. Eu fui vice-presidente fundador da federação em 1999. Permaneci dois anos e meio como vice, fizemos alguns eventos, tivemos resultados positivos nos Brasileiros.
Eu levei a primeira equipe que trouxe segundo e terceiro lugar no torneio em 2004, uma equipe de quatro pessoas. Não foi como manda o figurino, com 30 atletas.
Em 2002, nós fomos já com 14 atletas, ficamos entre os três melhores do Brasil. No terceiro ano eu não fui pois eu tive um problema financeiro, saí da loja em que trabalhava e montei meu próprio negócio, então eu me afastei da direção da federação. Como atleta eu continuei participando do calendário.
Depois de oito anos com o Luis de presidente, entre ele e a esposa, eu achei que era hora da gente voltar com a luta de braço no top como ela era antigamente. Hoje os atletas são divididos. Antigamente não era. Era amigo, era parceiro. Se não dava pra treinar na casa de um, era na casa de outro. Buscávamos de todas as formas a parceria. Hoje, estamos tentando colocar esse brilho na luta de braço de novo. Amizade. Um evento pra você apreciar com seus familiares. Antigamente era assim.

Esporte Ágil - Qual a diferença da Federação de hoje para a Federação que estava antes de você assumir?
Emídio Júnior - É bem delicado falar algo a respeito de antes de assumirmos. A Federação veio pra nós com toda a documentação legal. Não ficou dívidas. O que eu reclamo de hoje ou do passado é o que eu falei, referente a parceria dos atletas. Hoje, eu acho que será um marco a presidência da Federação com Emídio e Alex [Lima]. Vai ser diferente porque nós estamos no meio dos atletas. A gente sempre pergunta para eles as melhores datas para fazer os eventos.

Esporte Ágil - Falta apoio à modalidade hoje em dia, tanto do poder público quanto do setor privado?
Emídio Júnior
- Falta. Mas por quê? Porque a mídia não dá importância para certos esportes. Para a maioria. A mídia prioriza de três a quatro modalidades: futebol, automobilismo, basquete e natação. Para nós, da luta de braço, que é um esporte da idade média, que os gregos competiam, eles deixaram muito pra trás. Antes do futebol, já existia a luta de braço.

Esporte Ágil - O que você achou da nova forma da Fundesporte avaliar os projetos, abandonando o rankeamento?
Emídio Júnior
- Essa forma é um critério bacana. Antigamente eles priorizavam muito atletas e federações que se destacavam. Futebol, automobilismo, tênis. Eu achei muito legal essa nova avaliação deles.

Esporte Ágil - Em Mato Grosso do Sul, quem você pode citar que é destaque na luta de braço?
Emídio Júnior
- É cedo pra eu citar ainda. No Campeonato Estadual, temos o Alex, que está treinando e competindo muito bem e eu acho que no Brasileiro, ele vai chegar lá e vai virar a mesa.

Esporte Ágil - Quem quiser praticar luta de braço profissionalmente, o que deve fazer? Procurar a quem?
Emídio Júnior
- A luta de braço, para ser praticada profissionalmente, a principio, ela tem que respeitar alguns critérios. Para a pessoa ter acesso a esses critérios, ela deve procurar a Federação em nosso endereço eletrônico (fsmlb.blogspot.com), enviar um e-mail para nós, ou ligar no meu telefone (67) 8422-2022. Na Máster, nós somos duas vezes vice-campeão brasileiro por equipe. Na Sênior, nós já fomos campeões brasileiros até.

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