Bate-Bola | Da redação | 24/02/2017 11h13

Arnaldo Medeiros

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“O hipismo por envolver a relação com o cavalo faz com que a pessoa tenha que estabelecer uma interação maior, essencial, com seu parceiro”, afirma. “O hipismo por envolver a relação com o cavalo faz com que a pessoa tenha que estabelecer uma interação maior, essencial, com seu parceiro”, afirma. (Foto: Divulgação/FSMH)

Presidente da Federação de hipismo fala sobre os planos para expandir o esporte e como o cavalo pode ser usado como terapia.

Recém-empossado como presidente da FSMH (Federação Sul-mato-grossense de Hipismo) para o biênio 2017/2018, o corumbaense Arnaldo Puccini Medeiros tem uma relação estreia com a modalidade. Aos 10 anos, foi campeão da Categoria Escola no Torneio BEMAT (Banco do Estado de Mato Grosso), saltando 80cm, e hoje, aos 54, assumiu uma missão maior: difundir o hipismo, hoje quase restrito aos quarteis, já que o Exército Brasileiro fornece praticamente toda estrutura para a realização de campeonatos.

“A Federação eventualmente recebe apoio da Fundesporte. Na nossa gestão ainda não foi utilizada essa parceria. Não posso deixar de mencionar e agradecer o grande apoio de recebemos do Exército Brasileiro, que nos acolhe em várias de suas unidades no Estado, para realização das etapas do campeonato”, agradece.

Em entrevista ao Esporte Ágil, ele fala sobre seu começo com o esporte, a realidade do hipismo em Mato Grosso do Sul, os planos para expandir a modalidade e como o cavalo pode ser usado como terapia.

Esporte Ágil - Quando começou seu relacionamento com o hipismo?
Arnaldo Medeiros - Desde a década de 70 em Corumbá. Nessa época, por influência do meu pai, que já montava, iniciei no esporte. Em 1972 fui Campeão da Categoria Escola no Torneio BEMAT (Banco do Estado de Mato Grosso), saltando 80cm.

Como surgiu a idéia de concorrer a presidência da Federação?
A idéia partiu de conversas com um grupo de amigos, os quais hoje, na sua maioria, compõem a diretoria desta gestão.

Quais cidades se destacam no hipismo aqui no Estado?
Campo Grande, Ponta Porã, Dourados, Bela Vista, Amambaí.

A Federação recebe apoio do poder público para realizar os eventos?
A Federação eventualmente recebe apoio da Fundesporte. Na nossa gestão ainda não foi utilizada essa parceria. Não posso deixar de mencionar e agradecer o grande apoio de recebemos do Exército Brasileiro, que nos acolhe em várias de suas unidades no Estado, para realização das etapas do campeonato.

Como o senhor avalia o hipismo hoje em Mato Grosso do Sul?
Se comparamos com os principais Estados brasileiros perdemos apenas em quantitativo. Mas a qualidade dos atletas do MS é altíssima. O hipismo de MS tem cerca de sete títulos nacionais, vários vice-campeonatos e alguns terceiro lugar. A base é muito forte, o que garante o futuro desse esporte no nosso Estado.

Quantos cavaleiros e amazonas são ligados à Federação? A maioria é militar?
Na primeira etapa deste ano, aqui em Campo Grande, ocorrida nos dias 18 e 19 deste mês, tivemos aproximadamente 115 conjuntos inscritos, dos quais uns 25 militares. Contudo, na próxima etapa, que se realizará em Ponta Porã, nos dia 22 e 23 de abril, ocorrerá simultaneamente a Copa Guaicurus, o que por certo elevará a participação dos militares, eis que esse campeonato é exclusivo do Exército.

Como a nova presidência pretende trabalhar para expandir o hipismo em Mato Grosso do Sul?
Para expandir qualquer esporte temos que focar na base, quanto mais crianças iniciarem nessa atividade maior será a garantia de futuro do hipismo em MS. Assim, nosso foco são as crianças.

Há muitas crianças montando hoje no Estado?
Sim, a maior parte de nossos atletas estão concentrados nessa fase inicial, entre o 0,60cm e 1,20m.

Como o hipismo pode ser usado como uma terapia?
Todo o esporte é uma terapia. O hipismo por envolver a relação com o cavalo faz com que a pessoa tenha que estabelecer uma interação maior, essencial, com seu parceiro, o que apesar de mais complexo, tona-se mais prazeroso. Várias pessoa montam sem a intenção de competir, montam pelo prazer de fazer um esporte, de estar em contato com seu cavalo, de se reunir com os amigos. Ou seja, uma verdadeira terapia. Mas tem outro aspecto. A equoterapia. Nessa modalidade de terapia a pessoa desenvolve todo o controle motor e emocional e é voltada a pessoas com necessidades especiais. O resultado é fantástico.

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